ECO magazine

Seca e os desafios da economia ‘verde’, ECO magazine em banca

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O ECO também é uma edição mensal, premium, em papel, com a assinatura “A ECOnomia nas suas mãos” e o mesmo compromisso com os leitores. A edição 'verde' chegou às bancas.

Portugal tem que trabalhar na sua resiliência aos impactos climáticos e a água e a ferrovia deviam ser prioridades. “A água e a ferrovia são talvez dos pontos que podem ter um maior impacto naquilo que é a transformação de Portugal do ponto de vista da resiliência”, defende Miguel Maya, CEO do Millennium bcp, a entrevista de capa da mais recente edição do ECO magazine, um número totalmente dedicado aos temas ESG (ambiente, social e governação).

O gestor do banco, pela sexta vez consecutiva considerado o Melhor Banco de Finanças Sustentáveis pela revista “Global Finance”, alerta para o papel que a regulação deve ter na criação de um level playing field no setor financeiro, monitorizando (e colocando regras) os shadow banks e o seu papel no financiamento da economia. O “grande risco” é o financiamento passar da banca, “bastante regulada”, para os shadow banks. “O grande desafio aqui é garantir que as coisas não passem para fora do sistema.”

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Num momento em que o país tem grande parte do território em seca moderada, a água — a sua escassez e sua melhor gestão — é o grande tema de análise nesta edição do Capital. Vários especialistas fazem o retrato e apontadas soluções para mitigar este problema que afeta, sobretudo, o país a Sul. O resultado pode ser lido em “Um país atacado pela seca, mas ainda sem estratégia”.

Na opinião ouvimos especialistas e personalidades com responsabilidades no setor ambiental, energia e gestão de resíduos, ou sobre os temas de governação nas empresas. Maria Graça Carvalho (ministra do Ambiente); João Galamba (economista e antigo secretário de Estado da Energia); Pedro Amaral Jorge (CEO da APREN); Vera Eiró (presidente da ERSAR); Filipa Pantaleão (secretária-geral da BCSD) e Alice Khouri (fundadora da Women in ESG Portugal e head of legal da Helexia) trazem o seu contributo para a discussão nesta nova edição.

Uma reportagem à fábrica da Prio, em Aveiro, onde a empresa está a produzir biocombustível a partir de óleos alimentares, é outro dos temas que pode encontrar nesta edição Verde.

Os temas ESG estão presentes, aliás, em toda a edição. Em “Portefólio Perfeito”, fomos analisar as vantagens de investir em fundos ‘verdes’ e em “Saber Fazer” conhecer alguns projetos de empreendedorismo social. E, num momento em que apertam as regras de reporte ESG para as empresas, ‘Descodificamos’ a nova ferramenta criada pela SIBS com um conjunto de bancos fundadores.

O ECO magazine traz também os contributos dos diversos meios que fazem parte do universo ECO. Os desafios colocados pelas novas regras de reporte às PME é o tema desta edição do Capital Verde — “Nova indústria nasce do reporte verde e PME já sentem peso” ; “Regime híbrido nem sempre é o mais amigo do planeta” é o assunto analisado no Trabalho by ECO; já “Como os seguros podem ajudar na transição climática. Subscrição de riscos e investimentos de reservas mais seletivas” é o tema trazido pelo ECO Seguros.

“Licenciamento ambiental asfixia o investimento?” é o tema abordado pela Advocatus enquanto o Fundos Europeus analisa as agendas ambientais em “PRR pintado de verde”.

“Como as autarquias estão a tornar-se mais verdes” é o tema trazido pelo Local Online, enquanto o +M analisa o ” Greenwashing. Comunicar sustentabilidade: Como evitar o ‘abismo'”.

E depois dos negócios, ficam as sugestões de business & leisure da Time Out, parceira editorial do ECO, também com sugestões de espaços ‘amigos’ do ambiente. Nesta edição voltamos à estrada com o Auto ECO onde, todos os meses, testamos algumas das propostas do mundo automóvel.

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Editorial

Ambientalismo de mercado

O Instituto +Liberdade — de que o ECO é o parceiro de media — editou um livro sobre ambientalismo e economia de mercado que deveria ser de leitura obrigatória para todos os que estão de boa fé na discussão pública sobre a transição energética, o que isso significa para o bem-estar dos cidadãos, para todos os que estão mesmo dispostos a ouvir soluções que não passem por um regresso ao passado ou, se preferirem, por uma espécie de ‘decrescimento’ económico, com menos consumo e menos produção.

O livro — coordenado por Pedro Almeida Jorge e que tem prefácio de Carlos Guimarães Pinto — baseia-se na tradução do livro “Green Market Revolution: How market environmentalism can protect nature and save the world”, publicado em 2020, ao qual foram acrescentados três novos textos a pensar na realidade portuguesa (um dos quais já publicado no ECO, o “Livre mercado e meio ambiente”, de João Pinheiro da Silva).

Infelizmente, não é este o ângulo, que tem caminhos diversos, que domina o debate público e mediático. É outro, o das ações radicais de ativistas ideológicos que usam o ambiente para atacar a economia de mercado. O capitalismo tem os seus problemas, desde logo de distribuição de riqueza, mas também nas externalidades negativas de um conjunto de atividades que capturaram riqueza sem pagar o devido custo ambiental dessa atividade. Mas é a economia de mercado e o capitalismo que têm as respostas para o investimento, inovação e tecnologia necessários para aumentar o bem-estar dos cidadãos sem pôr em causa o ambiente, mais, para o tornar sustentável para esta e para as próximas gerações.

O que se passou em Portugal nos últimos 20 anos é um exemplo, mesmo com problemas pelo caminho, como se sabe, para uma produção renovável que ganha peso e contribuiu, ela própria, para uma mudança da estrutura económica, com mais valor. Fica aqui um dado oficial: Entre 1 de janeiro e 31 de maio de 2024 foram gerados 22.754 GWh de eletricidade em Portugal Continental, dos quais 84,2 % tiveram origem renovável.

Um exemplo de que os incentivos de políticas públicas são o melhor caminho para uma transição ambiental que crie riqueza: Os bancos têm de passar a incluir critérios ESG (ambiente, social e governação) na avaliação de risco dos clientes e consequentemente nas condições de financiamento, desde logo o preço.

A transição climática, de resto, é um compromisso global, e tem de ser negociado a essa escala. No contexto europeu, por um lado, e entre grandes blocos económicos e políticos, por outro, onde há países que partem de bases muito diferentes. Mas se cada país, cada Governo e cada agente económico fizer a sua parte, sem abdicar dos objetivos de crescimento económico, estaremos mais próximos de cumprir os objetivos.

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