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YouTube reforça medidas de prevenção com crianças e jovens. Pais já podem “ligar” a sua conta aos canais dos filhos

Rafael Ascensão,

O YouTube vai reforçar as ferramentas de controlo parental. A plataforma deixa também de recomendar aos jovens vídeos que idealizem padrões físicos ou de beleza.

O YouTube reforçou as suas medidas de prevenção com crianças e jovens. Além de ter expandido o conjunto de controlos parentais – permitindo uma ligação à conta dos mais novos para supervisionar os seus canais – a plataforma vai parar de recomendar aos mais jovens vídeos que idealizem características físicas, condições físicas ou pesos corporais.

De forma a ajudar os pais a supervisionar a experiência dos menores na plataforma de vídeos, o YouTube vai conferir-lhes a opção de ligarem as suas contas de forma a obter dados e notificações sobre os canais dos filhos.

A vinculação das contas pode ser feita no novo “Family Center”, após a qual os pais recebem alertas sobre a atividade do canal dos adolescentes, nomeadamente o número de uploads, de assinaturas e de comentários, embora não sobre o tipo de conteúdo. Os pais vão também ser notificados, via email, sempre que sejam feitos novos uploads no canal ou iniciadas transmissões ao vivo.

“Esta nova experiência foi criada para manter os pais informados sobre a atividade do canal dos seus adolescentes no YouTube e ajudá-los a fornecer incentivo e conselhos sobre a criação responsável de conteúdo“, refere a plataforma, adiantando que a ferramenta é lançada a nível global.

Partindo da premissa de que os adolescentes são mais propensos a formar crenças negativas sobre si mesmos ao ver mensagens repetidas sobre padrões ideais nos conteúdos que consomem online, o YouTube vai também começar a limitar algumas das sugestões de conteúdo que faz aos jovens.

Recentemente, a plataforma de vídeos da Google lançou novas “restrições” que limitam as recomendações de vídeos com conteúdo que pode ser “problemático” para a saúde mental e física dos adolescentes, onde se incluem vídeos em que comparam características físicas e idealizam padrões de beleza, níveis específicos de condicionamento físico e pesos corporais.

Os menores vão poder continuar a assistir a este tipo de vídeos mas os algoritmos da plataforma vão deixar de os sugerir. Isto tendo em conta que este tipo de conteúdos não viola as diretrizes do YouTube mas a sua visualização repetida pode afetar o bem-estar de alguns utilizadores.

Além disso, o YouTube disponibiliza também “em vários países da Europa”, recursos de apoio que visam ajudar à ligação entre pessoas com problemas e entidades parceiras de serviços de prevenção ao suicídio e automutilação. Esses recursos ajudam os utilizadores, quando pesquisam na plataforma por conteúdos relacionados com suicídio, automutilação ou transtornos alimentares, a fazer uma pausa e redirecionam-nos para o contacto com estas entidades de apoio.

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