Vendas online durante a Black Friday crescem 5% e atingem os 74,4 mil milhões de dólares
A taxa de descontos médios a nível global durante a Black Friday caiu um ponto percentual face ao ano anterior, fixando-se em 27%. O setor de roupa e moda foi o que registou o maior desconto, de 26%.
A Black Friday tem continuado a crescer enquanto momento de vendas, pelo menos no que diz respeito àquelas que são feitas online. Depois de já ter sido registado um crescimento de 8% no ano passado, as vendas online a nível global cresceram 5% este ano com a Black Friday, que decorreu na passada sexta-feira, atingindo os 74,4 mil milhões de dólares (quase 71 mil milhões de euros).
Os dados são avançados pela Salesforce, que analisou o comportamento de compra de mais de 1,5 mil milhões de consumidores a nível global. Segundo esta análise, o crescimento das vendas online na Europa foi mais comedido, fixando-se numa variação positiva de 1,4%.
No entanto, os descontos médios a nível global na Black Friday cairam um ponto percentual face ao ano anterior, para 27%. Fazendo a análise a nível europeu, as maiores taxas de desconto foram aplicadas pelos setores da roupa e moda (26%), saúde e beleza (24%) e eletrónica & brinquedos (21%).
Também dentro do mercado europeu, os setores que apresentaram um maior crescimento de vendas online à boleia dos descontos da Black Friday foram os de saúde e beleza (13%), calçado e malas de senhora (6%) e comida e bebida (3%).
A análise da Salesforce destaca ainda que, durante a Black Friday, 80% do tráfego global veio de dispositivos móveis — mais um ponto percentual que no ano passado –, tendo 69% das encomendas sido também feitas através deste tipo de dispositivos.
Em 2017 o tráfego registado foi de 61%, tendo o mesmo depois subido em 2018 (67%) e 2019 (76%). Este crescimento caiu um ponto percentual em 2020 para 75%, mantendo-se o mesmo valor em 2021, para depois voltar a crescer novamente em 2022 para 76%.
Estes dados parecem ir ao encontro da tendência crescente do uso de dispositivos móveis no que diz respeito ao comércio online. Segundo o estudo deste ano “The Future Shopper Report”, da VML, mais de metade (53%) dos consumidores encontra no smartphone o seu dispositivo preferido para fazer compras online, numa percentagem muito superior à do segundo dispositivo mencionado, o computador portátil, que representa apenas 16%.
A inteligência artificial (IA) foi também uma ferramenta que ajudou ao crescimento deste dia especialmente dedicado ao consumo, tendo a IA e agentes de IA impulsionado 14,1 mil milhões de dólares nas vendas da Black Friday, a nível mundial. A utilização de funcionalidades baseadas nesta tecnologia cresceu 6% na Black Friday.
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