Diário de Notícias deixa de ter edição em papel ao fim de semana
O DN vai deixar a ter edição em papel ao fim de semana. "Foi uma decisão natural e que vai ao encontro dos novos hábitos de consumo de informação que não podemos ignorar", justifica o diretor.
Quatro anos após voltar a ser diário, o Diário de Notícias vai deixar de ter edição em papel dois dias por semana, mas agora ao sábado e domingo, apurou o +M. O título passa a sair para as bancas de segunda a sexta-feira, sendo esta última posicionada como uma edição de fim de semana. A alteração terá efeitos a partir de janeiro, com a edição de dia 3 a marcar o início deste novo ciclo.
A informação foi confirmada ao +M/ECO por Filipe Alves, desde setembro diretor do título. “Foi uma decisão natural e que vai ao encontro dos novos hábitos de consumo de informação que não podemos ignorar. O DN tem quase dois milhões de leitores no digital, todos os meses. Vamos reforçar a aposta no digital e em novas formas de contar histórias”, justifica quando questionado.
“Sim, claro que do ponto de vista simbólico há sempre aquela ideia de que “vamos deixar de sair em papel naqueles dois dias, e agora?”, mas se pensarmos bem o que interessa é ir ao encontro daquilo que os nossos leitores procuram, tanto no papel como no online. O mundo avança e não podemos ficar para trás. Há muitos jornais de grande qualidade, incluindo em Portugal, que saem em papel de segunda a sexta”, dá como exemplo o responsável.
Apesar do fim do papel ao fim de semana, Filipe Alves garante que “a edição impressa vai continuar a ser muito importante” e os “leitores que preferem este suporte vão ter uma edição de fim de semana, publicada à sexta-feira, devidamente reforçada com a melhor informação e análise sobre temáticas como política, sociedade, economia, cultura e internacional”, diz.
A alteração, acrescenta, não terá implicações em termos da equipa. “Não estão previstas, neste momento, mudanças a nível de equipa, para além das entradas e saídas que são normais num jornal desta dimensão”, garante.
“É passar de uma lógica de jornal que sempre procurou ser o jornal em papel mais atualizado da manhã seguinte, para uma lógica distinta, em que procuramos ter um jornal multiplataforma, que tem papel mas também digital e multimédia, e que está virado para as novas formas de consumo de informação e de conteúdos”, resume Filipe Alves.
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