CEO da Renault deixa cargo para liderar dona da Gucci
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CEO da Renault deixa cargo para liderar dona da Gucci

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Luca de Meo deixa o fabrincante de carros francês e deverá tornar-se o novo CEO do grupo Kering, detentor da Gucci. François-Henri Pinault vai passae a chairman do grupo de luxo.

O CEO da Renault, Luca de Meo, vai abandonar o comando da construtora automóvel francesa “para se dedicar a novos desafios fora do sector automóvel”, anunciou a empresa este domingo, citada pela Reuters. O gestor italiano será o próximo CEO do grupo de luxo Kering, dono da Gucci, segundo o jornal francês Le Figaro.

A saída de de Luca de Meo, prevista para meados de julho, acontece após cinco anos de trabalho no fabricante francês. O executivo redesenhou a aliança de duas décadas com a Nissan, implementou cortes de custos estruturais e reposicionou a empresa com foco nos veículos híbridos e elétricos. O gestor italiano assumiu o cargo em 2020, quando a Renault registava perdas recorde. Com a sua liderança, as ações da empresa valorizaram cerca de 90% e a Renault registou o melhor desempenho na Europa nos últimos cinco anos.

A contratação de De Meo ainda não foi oficializada pela Kering, mas, segundo o Le Figaro, Luca de Meo vai substituir François-Henri Pinault, que lidera a Kering há 20 anos e cuja família controla o grupo, e deverá manter-se apenas como chairman. A sucessão estava a ser preparada há algum tempo e, segundo a Reuters, intensificou-se nas últimas semanas.

Nos últimos dois anos, a Kering viu o seu valor de mercado cair mais de 60%, devido a uma sucessão de alterações (entre elas, as mudanças criativas na Gucci e o aumento do endividamento — que supera atualmente os 10 mil milhões de euros). A Gucci é a marca mais importante do portefólio deste conglomerado de luxo de que também fazem parte Bottega Veneta, Saint Laurent, Balenciaga, McQueen ou Brioni.

A confirmar-se, a nomeação de de Meo representa uma mudança de setor rara e ambiciosa: do mundo da indústria automóvel para o topo do luxo internacional. Fica por saber quem vai substituir De Meo na Renault, onde o Estado francês detém uma participação de 15%.

A Kering cancelou um evento com analistas que estava previsto para esta segunda-feira, sem avançar explicações, adiantou uma fonte próxima do grupo à Reuters.

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