As três prendas de Natal de Cristas para Costa
A dirigente do CDS/PP surpreendeu no debate quinzenal ao presentear o primeiro-ministro com um kit para governar melhor. Mas António Costa não se deixou ficar.
Em vésperas de Natal, o último debate quinzenal de 2016 teve uma surpresa: Assunção Cristas trouxe “presentes” a António Costa, e este reagiu com uma proposta do que ofereceria à dirigente do CDS-PP se tivesse vindo preparado.
Na sua intervenção, Assunção Cristas fez surgir uma caixa de onde tirou três “presentes” para o primeiro-ministro: primeiro, “um par de óculos, porque às vezes vê as coisas desfocadas”; depois, “um soro da verdade, para ver as coisas mais objetivas” e por fim, atado com um laçarote vermelho e dourado, mostrou um molho de folhas: “As propostas do CDS.”
António Costa reagiu com sentido de humor, começando por agradecer os presentes, e sugerindo depois uma troca: “Tenho pena de não ter vindo com um presente, porque lhe teria trazido um retrovisor para poder ver bem o seu passado”.
“Se confrontasse o seu passado com o Orçamento do Estado para 2017 e visse como, no OE 2017, depois de quatro anos em que paralisaram o investimento nas escolas, na saúde, nos serviços sociais, não só aumentámos em 22% o investimento público como o direcionámos para onde ele deve ser direcionado”, disse o primeiro-ministro, em resposta à preocupação expressa por Assunção Cristas, na sua intervenção, acerca das escolas que precisam de obras. “O Orçamento do Estado prevê obras em mais de 200 escolas”.
No tempo que lhe era alocado para responder, António Costa aproveitou ainda para provocar a bancada do PSD. “Deverá também o deputado Montenegro fazer uma gracinha de Pai Natal para ver se consegue competir” com Assunção Cristas, disse o primeiro-ministro. Confrontado com os apupos dos deputados do PSD, insistiu na troça, apontando a blusa laranja da dirigente do CDS/PP para dizer que esta se tinha vestido para agradar aos social-democratas.
A seguir à intervenção do primeiro-ministro, a bancada do PSD pediu a palavra para criticar que António Costa usasse o seu tempo para “picar” o PSD e não para responder às interpelações dos partidos, mas a mesa respondeu que o responsável pelo que diz é o detentor do direito à palavra.
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