Lucros da Cofina aumentam 147,4%, para 10,5 milhões. Imprensa perde 2,6 milhões e CM TV ganha 2,8 milhões
O EBITDA operacional foi de 13,6 milhões de euros (-8,2%) e o EBITDA de 8,9 milhões de euros (-35,4%), "fortemente impactado pelo reconhecimento de imparidades de goodwill e custos não recorrentes".
A Cofina fechou 2022 com lucros de 10,451 milhões de euros, um crescimento de 147,4% em relação ao exercício de 2021. “O crescimento das receitas de publicidade e de produtos de marketing alternativo, em 5% e 9,5% respetivamente, mais do que compensaram a quebra verificada nas receitas de circulação, conduzindo a Cofina a um incremento de receitas para 76 milhões de euros face aos 75,8 milhões registados um ano antes”, justifica a empresa no relatório enviado ao final da tarde desta quinta-feira à CMVM. As receitas de circulação registaram no último ano um recuo de cerca de 8,5%, para 29,6 milhões de euros.
A Cofina registou então receitas de 76 milhões de euros, um crescimento residual de 1,2%. As receitas de publicidade situaram-se nos 28,1 milhões (+5%) e as de marketing alternativo e outros nos 18,3 milhões (+9,5).
Por segmentos, a imprensa representou em receitas 55,7 milhões e a televisão 20,8 milhões de euros. Temos assim uma quebra de 4,5% nas receitas geradas pelo Correio da Manhã, Sábado, Record ou Jornal de Negócios e, em sentido contrário, um crescimento de 16,1% na CM TV.
Os custos operacionais registaram um aumento de 2%, para os 62,5 milhões de euros. “Este aumento de custos reflete o investimento realizado na cobertura da guerra na Ucrânia, mas também a inflação generalizada de preços, nomeadamente no custo do papel, eletricidade e combustíveis, este último tem provocado um acréscimo dos custos de distribuição”, justifica o grupo.
Em 2022, a empresa registou um EBITDA operacional de 13,6 milhões de euros (-8,2%) e um EBITDA de 8,9 milhões de euros, uma quebra de 35,4%. Este foi “fortemente impactado pelo reconhecimento de imparidades de goodwill e de custos não recorrentes, afirma a Cofina.
O EBITDA TV foi de cerca de 5 milhões de euros (+0,3%) e o da área de imprensa, que inclui também a BOOST (Eventos, Activation e Publishing) foi de 8,6 milhões (-12,5%).
“Durante o período em análise o grupo registou imparidade de goodwill no montante de 3,6 milhões de Euros, assim como custos não recorrentes relacionados com a liquidação da Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A. – em Liquidação, no montante de 1 milhão de euros”, acrescenta o grupo liderdao por Paulo Fernandes. Em simultâneo, “em 31 de dezembro de 2022, na rubrica Imposto sobre o rendimento foi reconhecido o efeito da reversão da provisão em resultado do desfecho favorável ao Grupo de processos fiscais”.
A Cofina fechou o ano com uma dívida líquida nominal de 25,6 milhões de euros, uma redução de 8,3 milhões de euros na comparação com os 33,9 milhões de euros de 2021. O free cash flow (FCF) considerado como redução de dívida líquida, com base na cotação bolsista de 31 de dezembro de 2021, ascendeu a 33,3%, acrescenta o grupo
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