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O Jogo convida marcas do GMG a “unirem-se e agilizarem ações conjuntas e concertadas”

Rafael Ascensão,

Em comunicado, a redação de O Jogo questiona também a administração pelo plano e estratégia que esta tem para o jornal e para o grupo para "além de querer vender a participação na Agência Lusa".

O Jogo convida todas as marcas do Global Media Group a “unirem-se e agilizarem ações conjuntas e concertadas”, refere a redação do jornal desportivo em comunicado, perante a ameaça de “despedimento coletivo encapotado” no grupo que pode abranger até 200 pessoas.

No documento partilhado depois de um plenário realizado esta quarta-feira, a redação do jornal desportivo também “vinca a solidariedade com a greve convocada pelo plenário do Jornal do Notícias” – outra das marcas do grupo – e diz que “vai refletir sobre outras medidas a serem tomadas“.

Considerando todo o processo como “inusitado”, a redação refere que O Jogo “apresenta contas equilibradas há já alguns anos”, o que é atingidoà custa do enorme sacrifício de uma redação sucessivamente mutilada e que batalha nos limites, com dezenas, nalguns casos mais de uma centena, de folgas em atraso“.

“Porque é da mais elementar justiça, relevamos o contributo dos chamados ‘colaboradores’. Trabalhadores que, de Chaves a Portimão e do Funchal a Ponta Delgada contribuem para aquilo a que chamamos de ‘pequeno milagre’: o jornal O Jogo estar nas bancas todos os dias e ainda apresentar resultados competitivos na audiência do online, ao ponto de ter, recentemente, celebrado uma parceria com importante retorno financeiro”, refere o documento.

É completamente impensável descartar um jornalista que seja“, acrescenta-se.

A redação de O Jogo questiona ainda a legalidade da “decisão unilateral de pagar os subsídios de Natal em duodécimos” bem como ao motivo de o recibo do subsídio de Natal ter sido publicado na quarta-feira (dia 6) “na folha salarial de cada trabalhador e logo retirado do portal de recursos humanos”.

No comunicado, os jornalistas interpelam que garantias são dadas pela administração aos trabalhadores quanto ao cumprimento desse mesmo pagamento, bem como aos dos restantes salários “a tempo e horas, depois de ter garantido, em outubro, que os atrasos não iriam repetir-se, falhando essa promessa”.

Em plenário foi ainda decidido questionar a administração pelo plano e estratégia que esta tem para o grupo para “além de querer vender a participação na Agência Lusa”.

Gostaríamos que nos fosse explicado, ponto por ponto, o que pretende esta administração fazer com o jornal O Jogo“, acrescenta a redação.

O Global Media Group é dono de marcas como o Jornal de Notícias, Diário de Notícias, TSF e O Jogo.

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