Jornal Público abre plano de rescisões voluntárias
Foco no digital, reforço e adequação das competências e uma crescente colaboração interdisciplinar, fazem parte do processo de reestruturação do Público. A edição em papel é para manter.
O jornal Público abriu um programa de rescisões voluntárias. A medida faz parte da processo de restruturação que tem vindo a ser estudado pela empresa, sendo esta uma das medidas mais significativas, apurou o +M.
A informação foi confirmada por Cristina Soares, administradora do jornal. “Consciente dos desafios atuais e que o futuro continuará a colocar aos media e, em particular, ao setor jornalístico, o Público estabeleceu um plano que exige mudanças culturais e organizacionais, tais como a adaptação das formas de trabalho, o reforço e adequação das competências e uma crescente colaboração interdisciplinar, com um foco cada vez maior no universo digital”, diz ao +M.
Sem entrar em detalhes, e por escrito, Cristina Soares explica que “estas transformações são essenciais para que a empresa continue a responder às exigências de um setor em constante evolução e aos novos hábitos de consumo da informação pelos leitores, procurando garantir, dessa forma, a sua sustentabilidade e relevância a longo prazo no mercado”. “Foi neste âmbito que foi disponibilizado aos colaboradores um programa de cessação voluntária da relação contratual”, justifica. O número de trabalhadores a sair não terá sido definido.
Apesar do foco no universo digital, a edição em papel é para manter, confirma também Cristina Soares.
O Público, recorde-se, fechou 2023 com um resultado líquido negativo de 4,48 milhões de euros, mais do que duplicando o prejuízo em relação ao ano anterior. De acordo com o Portal da Transparência, da ERC, o título da Sonaecom obteve receitas de 16 milhões de euros, apresenta um capital próprio de 3,81 milhões e regista um passivo total de 7,75 milhões de euros.
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