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Escolhidos representantes dos jornalistas para Comissão da Carteira

Lusa,

A Lista A, a única que se apresentou a votos e que conta com o apoio do SJ, avançou com várias linhas programáticas sob o mote "Credibilidade do jornalismo / Independência dos jornalistas".

Alexandra Correia (Visão), Paulo Agostinho (Lusa), Mariana Oliveira (Público) e Alexandra Inácio (JN) foram eleitos representantes dos jornalistas na Comissão da Carteira Profissional.

A Lista A, a única que se apresentou a votos e que conta com o apoio do Sindicato dos Jornalistas, avançou com várias linhas programáticas sob o mote: “Credibilidade do jornalismo / Independência dos jornalistas”.

“A lista A quer ser representativa da classe e é composta por jornalistas ligados a diversos órgãos de comunicação social, com percursos profissionais que refletem a diversidade dos meios e de diferentes grupos empresariais de comunicação social“, lê-se na apresentação da lista, que integrou jornalistas que se estreiam na CCPJ.

A eleição dos representantes dos jornalistas decorreu através de voto eletrónico, entre o dia 20 e hoje, e presencialmente, ao longo desta quarta-feira.

As entidades empregadoras nomeiam mais quatro jornalistas para um plenário, que vai eleger o presidente do organismo.

Em outubro, três membros da CCPJ renunciaram aos cargos em divergência com a presidente do órgão, Licínia Girão, segundo exposições ao plenário da entidade a que a Lusa teve acesso.

Depois de Anabela Natário e Isabel Magalhães terem renunciado ao cargo em 24 de outubro, Miguel Alexandre Ganhão apresentou no final do mês de outubro do ano passado a renúncia após reunião do plenário da CCPJ.

Estes três membros foram eleitos pelos jornalistas para o plenário do órgão.

“Não podemos aceitar mais a má gestão da CCPJ nem fazer de conta que nada se passa neste organismo, onde tentámos sempre trilhar o caminho para o qual fomos eleitas pelos nossos pares” e “é precisamente em nome do respeito à instituição, de modo a prevenir o futuro, que nos propusemos explicar neste documento a nossa decisão”, afirmam Anabela Natário e Isabel Magalhães, numa exposição datada de 24 de outubro.

Por sua vez, Miguel Alexandre Ganhão considerou que “o mandato da CCPJ nos últimos tempos tem sido enorme equívoco”, explicando as razões da sua renúncia.

Como não se antevê que até ao fim do mandato desta CCPJ seja mudada a orientação desta comissão, e estando eu de acordo com muitos dos reparos feitos pelas vogais Anabela Natário e Isabel Magalhães, não me resta outra alternativa que não seja a renúncia ao meu mandato com efeitos imediatos“, rematou.

Num comentário à Lusa, a presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (CCPJ), Licínia Girão, disse que “foi surpreendida” com o pedido de demissão de três membros do órgão, que diz terem “muitas dificuldades em lidar com a democracia”.

“A grande maioria das decisões tomadas pelo secretariado e pelo plenário — que tem nove membros – foram tomadas por unanimidade, entre as quais os relatórios de contas e de atividades, pelo que não se compreende as declarações proferidas“, afirmou, numa declaração à Lusa.

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