Eduardo Aires assina nova logomarca da CIP

+ M,

“A ideia foi transformar cinco décadas insignes da história empresarial do país, que se entrelaçam com a cronologia da democracia portuguesa, num ponto de partida para o novo ciclo", diz a CIP.

O designer Eduardo Aires foi o responsável por criar a nova logomarca da CIP – Confederação Empresarial de Portugal. O objetivo passa por preservar a história da confederação, registar os “50 anos de representação da comunidade empresarial em democracia” e criar uma nova imagem “para as próximas décadas”.

A ideia foi transformar cinco décadas insignes da história empresarial do país, que se entrelaçam com a cronologia da democracia portuguesa, num ponto de partida para o novo ciclo que a CIP vai protagonizar no país. Hoje a CIP é a maior estrutura associativa empresarial portuguesa, representando mais de 150 mil empresas, cerca de 1,8 milhões de trabalhadores e 71% do PIB português: passou a assumir, por isso, novos papéis como elemento dinamizador e agente de qualificação do tecido empresarial português”, diz Rafael Alves Rocha, diretor-geral da Confederação Empresarial de Portugal, citado em comunicado.

A nova logomarca tem assim como objetivo “fazer a ponte entre as décadas em que a CIP foi o principal interlocutor dos governos na definição das políticas económicas e dos sindicatos na concertação social, com os novos tempos em que está a municiar os empresários nacionais com programas e projetos para aumentar a produtividade das suas empresas“, tendo o ponto de partida desta recriação da marca sido “centrado no acrónimo CIP enquanto Confederação da Indústria Portuguesa”, explica-se em nota de imprensa.

“Este nome que nasce para representar o setor industrial, constitui a origem, o fundamento histórico e o lugar de memória da instituição. Contudo, a confederação evoluiu, ampliando o tecido económico que representa para o comércio e os serviços: hoje a CIP é Confederação Empresarial de Portugal”, refere Eduardo Aires.

O desafio do designer passou assim por representar a dupla dimensão “do passado e a sua génese industrial e do presente empresarial, preservando a continuidade simbólica”.

“A nova marca permite observar em primeiro plano o acrónimo CIP, mas, no desenvolvimento da sua estrutura e leitura tipográfica, torna possível também ler o acrónimo CEP. Esta dupla leitura é intencional. É um dispositivo visual que une duas temporalidades num mesmo signo sem artifícios estilísticos”, explica Eduardo Aires, responsável pelo antigo logótipo do Governo que foi depois “posto na gaveta” por Luís Montenegro.

O objetivo da mesma passa por “ser a síntese formal entre a herança institucional e as novas missões contemporâneas da CIP”. “A solução gráfica foi essencialmente concebida para habitar os meios digitais: a marca foi desenhada para circular nos múltiplos suportes onde hoje se constrói e comunica a identidade das organizações – do ecrã à impressão, da presença física à presença em rede”, diz o designer.

Neste âmbito, foi também lançado o livro “CIP – 50 Anos de Futuro”, cuja coordenação editorial esteve a cargo de Gonçalo Bordalo Pinheiro. A sua conceção partiu de um desafio semelhante, com o livro a contar a história da confederação, desde os contactos preparatórios dos empresários fundadores logo após o 25 de Abril até aos dias de hoje.

“O traço que mais nos impressionou na nossa investigação, e nas entrevistas que fizemos aos diversos protagonistas, foi o paralelismo e a interação constante da CIP e das suas intervenções no espaço público com o processo de consolidação e crescimento da democracia portuguesa”, afirma Gonçalo Bordalo Pinheiro, coordenador editorial do livro.

“A CIP nasce com a democracia e intervém ativamente no seu processo de consolidação, lutando sempre por condições económicas que permitissem ao novo regime ser sustentável e ter capacidade de se abrir à Europa”, acrescenta.

O livro conta com textos da autoria de Patrícia Silva Alves, curadoria fotográfica de Clara Azevedo e grafismo do Atelier D’Alves. Com capa dura, “papel macio de acabamento esteticamente definido e um grafismo cuidado, refinado e sofisticado”, a obra conta com “uma seleção fotográfica ambiciosa, fruto de um exaustivo trabalho de seleção num arquivo iniciado ainda a preto e branco”, refere-se em nota de imprensa.

Para além das fotografias, os testemunhos dos principais intérpretes da CIP são enquadrados com a reprodução de documentos, cronologias e também um cartoon. A edição conta com um depoimento do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.