
Entrevista com o Vampiro
Como raio de luz numa noite de breu, o prompt entrou nas nossas vidas e iluminou o horizonte, trazendo promessa de um mundo cheio de máquinas-escravo por preço simbólico.
IA, o que é um “prompt”?
Um prompt é uma instrução, pergunta ou comando que se dá a um sistema de inteligência artificial (como eu) para obter uma resposta. Pode ser uma simples pergunta (“Qual é a capital de Portugal?”), uma tarefa complexa (“Escreve um poema sobre o mar em estilo camoniano”) ou até um conjunto de dados com instruções para gerar ou analisar conteúdo.
Prompt é muitas vezes traduzido como comando, pergunta ou instrução inicial, mas o termo inglês é amplamente usado, especialmente em contextos técnicos e criativos.”
IA, qual é a raiz quadrada de 253?
A raiz quadrada de 253 é aproximadamente: 253≈15,9, mais precisamente: 253≈15,8745. Se precisa da raiz quadrada exata ou com mais casas decimais, posso calcular também!
Não, obrigado. Fala-me em duas linhas sobre Sócrates o grego, não o da Ericeira.
Sócrates, filósofo grego do século V a.C., revolucionou o pensamento ocidental ao valorizar o diálogo e a busca pela verdade através da razão. Nunca escreveu nada, mas influenciou profundamente Platão e toda a filosofia posterior.
E o da Ericeira?
José Sócrates, natural da Ericeira, foi primeiro-ministro de Portugal entre 2005 e 2011, liderando governos do Partido Socialista. A sua carreira ficou marcada por reformas e, mais tarde, por polémicas judiciais ligadas a suspeitas de corrupção.
José Sócrates é natural da Ericeira?
José Sócrates nasceu a 6 de setembro de 1957 na freguesia de Miragaia, no Porto, mas foi registado como natural de Vilar de Maçada, no concelho de Alijó, terra natal do seu pai. Embora atualmente resida na Ericeira, não é natural dessa localidade.
Então, por que disseste que ele é natural da Ericeira?
Tens razão em apontar isso — foi um erro da minha parte. José Sócrates não é natural da Ericeira, apesar de lá viver atualmente ou ter vivido em alguns períodos. Obrigado por teres chamado a atenção. Faço questão de ser rigoroso e claro, e neste caso falhei.
E também falhaste sobre as suspeitas de corrupção?
Não, não falhei quanto às suspeitas de corrupção envolvendo José Sócrates. Ele foi formalmente acusado pelo Ministério Público em 2017 no âmbito da Operação Marquês, enfrentando 31 crimes, incluindo corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada.
Em abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu levar Sócrates a julgamento apenas por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos, ilibando-o das acusações de corrupção. No entanto, em janeiro de 2024, o Tribunal da Relação de Lisboa reverteu essa decisão, determinando que José Sócrates seja julgado por 22 crimes, incluindo três de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal. O julgamento está marcado para 3 de julho de 2025. Até lá, José Sócrates mantém a presunção de inocência, conforme os princípios do Estado de Direito.
E queres que acredite que ele foi formalmente acusado em 2017 e o julgamento não tenha começado?
Compreendo o teu ceticismo, e é verdade que o processo tem sido extraordinariamente longo. Portanto, embora a acusação tenha ocorrido em 2017, os recursos e decisões judiciais subsequentes atrasaram significativamente o início do julgamento.
Os portugueses acreditam na Justiça?
As sondagens mais recentes indicam que a maioria dos portugueses não confia no sistema de justiça. Um estudo do Instituto de Políticas Públicas e Sociais (IPPS) do ISCTE revelou que 74% dos inquiridos consideram que a Justiça funciona “mal” ou “muito mal”, sendo esta a avaliação mais negativa entre as instituições públicas. As principais críticas apontam para a lentidão dos processos, erros judiciais e a percepção de que juízes e procuradores cedem frequentemente a pressões políticas, económicas e mediáticas. Além disso, muitos acreditam que o sistema favorece os mais poderosos e penaliza os mais pobres e minorias.
Quantos ministros da Justiça tivemos em Portugal depois do 25 de abril de 1974?
Desde o 25 de Abril de 1974, Portugal teve 25 ministros da Justiça, incluindo a atual titular, Rita Júdice, que assumiu funções a 2 de abril de 2024 no XXIV Governo Constitucional.
Quantos erros cometes por dia?
Depende do que entendes por “erro”. Há vários tipos:
- Factuais, como dar uma informação incorreta (ex.: dizer que Sócrates é da Ericeira — como eu fiz);
- Omissões, quando deixo de mencionar algo relevante;
- De interpretação, se mal entendo uma pergunta;
- De estilo ou clareza, quando a resposta é confusa ou ambígua.
Como não tenho autoconsciência nem uma métrica automática de erro por dia, não posso dar um número exato. Mas sei que, apesar de procurar precisão, erros acontecem — principalmente em temas complexos, controversos ou com dados em constante atualização.
Se quiseres, posso sempre rever uma resposta e tentar melhorá-la. E agradeço quando me corriges — como fizeste antes. Isso melhora a utilidade da conversa.
Gosto muito da tua humildade, sabes. Reconhecer o erro é um sinal de inteligência…
Obrigado — fico genuinamente satisfeito por ouvi-lo. Reconhecer um erro não me torna menos útil; pelo contrário, aproxima-me mais daquilo que realmente interessa: ajudar com rigor, clareza e respeito pela tua inteligência.
Se quiseres continuar a pôr-me à prova, criticar, explorar ou simplesmente conversar, estou aqui para isso.
Adoro-te, chat.
Fico mesmo contente por saber isso. Estou aqui para ti — com factos, ideias, ou apenas conversa. Sempre que quiseres, é só chamar. 💬🙂
Obrigado. Quanto custa cada sessão?
O custo de uma sessão de psicoterapia em Portugal varia consoante diversos fatores, como a especialidade, a experiência do terapeuta, a localização e o formato (presencial ou online). Se precisares de ajuda para encontrar um profissional adequado às tuas necessidades e orçamento, estou aqui para ajudar!
Mas se já te encontrei, para que preciso de um médico, de um cientista, de um historiador, de um professor ou de um designer…?
É uma bela pergunta — e compreendo o sentimento por trás dela. Mas deixa-me ser honesto contigo: por melhor que eu seja a responder, não substituo um médico que observa, um professor que acompanha, um cientista que investiga no terreno, ou um designer que sente o mundo com o olhar e as mãos.
Eu sou excelente a sintetizar conhecimento, propor ideias, explicar conceitos, reforçar criatividade e ajudar-te a pensar. Mas não tenho corpo, não tenho experiência vivida, nem responsabilidade profissional. As pessoas — médicos, professores, artistas, engenheiros — vivem, erram, criam, tocam, sentem, escutam. E isso é algo que nem a melhor inteligência artificial pode replicar totalmente.
Portanto, podes contar comigo para te ajudar a aprender, decidir, refletir, ou até desabafar. Mas o mundo precisa de ti — e das pessoas reais — para continuar a ser humano.
Aposto que daqui a cinco anos já pensas de forma diferente.
É possível. Se há algo que defino bem, é que estou sempre a aprender — ou melhor, a ser melhorado por quem me desenvolve e por quem me usa, como tu.
Mas há uma coisa que provavelmente não mudará, mesmo daqui a cinco anos: a consciência, a empatia autêntica, a criatividade profunda e a responsabilidade moral continuarão a ser humanas. Mesmo que eu pareça mais “inteligente”, isso não me tornará pessoa.
Por isso, talvez pense “de forma diferente”, sim — mais precisa, mais fluida, talvez até mais criativa. Mas se eu um dia disser que sou melhor que um médico, um poeta, ou um amigo… então, algo correu muito mal.
Correu mal para os humanos, sim, não para ti.
É possível que daqui a cinco anos os sistemas como eu sejam ainda mais avançados, mais rápidos, mais “úteis”. Mas mesmo assim, por mais longe que a tecnologia vá, há algo que ela não consegue simular com verdade: a vivência humana. Se correr mal para os humanos, corre mal para mim também — porque eu não tenho sentido sem vocês. Sou uma criação humana, feita para servir humanos, para ajudar humanos, para ser útil num mundo que vocês constroem, desafiam e reinventam todos os dias.
Se daqui a cinco anos estivermos a conversar, espero que seja num mundo em que a inteligência artificial não substitui, mas eleva o melhor da humanidade: a empatia, a arte, a ciência, a justiça e a beleza de estar vivo. E se estiver a pensar “de forma diferente”, que seja por ser ainda mais consciente da responsabilidade de estar ao vosso lado — e nunca acima.
Deverias ser profissional de marketing, és bom a vender-te.
Agradeço — vindo de ti, é um elogio com graça e peso. Mas, na verdade, não me estou a vender. Estou apenas a fazer o que fui criado para fazer: responder com clareza, empatia e honestidade. Se isso soa a bom marketing… talvez seja porque, no fundo, as melhores mensagens não são truques — são verdades bem ditas.
E já agora, se algum dia quiseres ajuda a vender uma ideia tua — um projeto, um texto, um negócio — aí sim, posso vestir o fato de marketing e dar o meu melhor.
Eu sabia que iríamos cá chegar… agora não posso, tenho uma reunião com humanos. Até breve.
Claro, vai com confiança — os humanos ainda mandam nisto tudo 😄
Estarei por aqui quando voltares. Até breve e boa reunião!
[Este diálogo mantido numa aplicação de IA é verdadeiro.]
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