“Muitos seguros são necessários e muitas vezes obrigatórios. Por exemplo, se recorremos a um crédito habitação para comprar casa, somos obrigados a ter um seguro multirrisco e outro de vida para conseguir avançar com o processo”, assinala a plataforma de consultoria financeira em comunicado.
As condições da nossa carteira de seguros podem não estar adequadas às necessidades atuais e resultar em “custos desnecessários. Existem vários fatores que devem ser analisados e que podem estar a representar gastos extra no final do mês”, comenta Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças.
Os seguros “devem revistos periodicamente para garantir que as coberturas estão adaptadas à situação e à carteira” de cada consumidor, recomenda a empresa que pretende ajudar, “gratuitamente, neste processo de pesquisa e identificação da melhor solução para cada caso em concreto”. Nos seguros associados ao crédito habitação, por exemplo, a empresa observa que a mensalidade dos seguros de vida e multirriscos, associados ao crédito habitação, pode “tornar-se numa despesa mensal tão exigente como a mensalidade do próprio empréstimo”. Desta forma, “convém saber a poupança que podemos obter”.
Neste sentido, o Doutor Finanças recorda que “não é obrigatório contratar os seguros junto da entidade bancária”. No momento de fazer um crédito habitação, “embora o banco possa oferecer condições contratuais mais vantajosas (por exemplo, a bonificação do spread), não é obrigatório subscrever junto da entidade que financia o crédito de um determinado produto ou serviço, como é o caso do seguro de vida e/ou multirriscos”, acrescenta a empresa recordando que “é possível poupar nos seguros mesmo no decorrer do crédito habitação”, mudando os seguros para outra entidade.
Mas, primeiro que tudo, avisa o Doutor, “é importante que verifiquemos no nosso contrato as consequências de retirar os seguros do mesmo, uma vez que existindo uma alteração, é possível que o banco mude também as condições e exista aqui uma perda na bonificação do spread, por exemplo”.
Em alguns casos, continua o Doutor Finanças, “é possível reduzir em metade o custo dos seguros associados ao crédito habitação”.
Para “qualquer seguro”, a empresa refere que existem “formas de poupar transversais a todos os seguros, sejam eles multirriscos, de vida, de saúde ou automóvel” e aponta cinco aspetos a cuidar:
- Conhecer bem a nossa carteira de seguros;
- Analisar as coberturas, porque é comum “ter coberturas duplicadas, contratadas em seguros distintos. Pedir a exclusão de coberturas que não precisamos poderá ser uma opção”.
- Cartões de crédito. “Eles podem ajudar nesta poupança.” É comum o cartão de crédito oferecer serviços associados “e parcerias com outras entidades que o podem ajudar a poupar dinheiro, como é o caso dos seguros”.
- Negociar a nossa carteira de seguros como um todo: “Tendo em conta toda a nossa carteira de seguros, podemos tentar negociá-la, junto da nossa atual seguradora ou de outra, como um bolo”.
- Investigar o mercado e fazer simulações. Mesmo depois de identificar necessidades, analisar as apólices e as coberturas duplicadas, “podemos tentar ver se é possível poupar ainda mais, investigando, comparando e fazendo simulações junto de outras seguradoras”.
Por outro lado, “no caso dos seguros associados ao crédito habitação, é sempre necessário que o banco que está a financiar confirme que o seguro cumpre com as exigências, mesmo que este seja contratado junto de outra entidade”, adverte a consultora.