Media Capital aumenta oferta e propõe 80 milhões pela Cofina
A Media Capital apresentou uma proposta vinculativa pelo controlo de 100% da Cofina Media, agora de 80 milhões de euros (dívida incluída), superior à que foi feita no MBO com o apoio de Ronaldo.
A Media Capital apresentou uma oferta revista e aumentada pelo controlo da Cofina Media, superior em cinco milhões de euros à já conhecida proposta de Management Buy Out (MBO) dos quadros da empresa e de Cristiano Ronaldo. A proposta vinculativa, abre um leilão pelo aquisição do grupo de media que tem a CMTV e o Correio da manhã, entre outros meios, e admite até novas revisões em caso de propostas concorrentes.
No passado dia 11, a Media Capital já tinha sinalizado o interesse na Cofina Media, e antecipava a possibilidade de aumentar o preço oferecido. O grupo “assume o compromisso de participar no processo de alienação do referido ativo que venha a ser promovido pela Cofina, organizado em modelo de leilão ou outro, e desde que pautado por regras objetivas e transparentes, mediante a apresentação de uma proposta que atribui à Cofina Media um Entreprise Value superior a 75 milhões de euros”, dizia, na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os 75 milhões de euros são precisamente o valor da oferta que consta do MBO, de atuais acionistas e de Cristiano Ronaldo. Agora, a Media Capital põe cinco milhões de euros em cima desta oferta que inclui 35 milhões de euros de capital, a pagar no momento do closing da operação, e 45 milhões de dívida, de acordo com a nota enviada à CMVM. “As condições financeiras contempladas na presente Oferta têm como pressuposto que o EBITDA operacional da Sociedade no ano de 2022 foi de € 13.556.000 (13,6 milhões de euros)“, lê-se na oferta.
A Cofina Media é uma empresa controlada a 100% pela Cofina SGPS, sociedade cotada em bolsa. E por isso a administração da companhia tinha confirmado ao mercado a oferta de MBO. “A Cofina Media confirmou esta sexta-feira à noite ter recebido a 27 e 28 de junho uma “oferta vinculativa e uma oferta vinculativa revista, respetivamente”, para a aquisição da totalidade do capital, subscrita pelos administradores da empresa, Ana Dias e Luís Santana, e por Octávio Ribeiro, ex-diretor do Correio da Manhã, “a quem se juntará um conjunto de investidores não identificados”, dizia o grupo liderado por Paulo Fernandes também em comunicado enviado à CMVM na noite de 30 de junho. Já depois deste comunicado, surgiu um segundo em que era confirmada oficialmente a participação de Cristiano Ronaldo.
No momento em que recebeu a oferta de MBO, a Cofina Media antecipava a necessidade de mais tempo para avaliar a proposta, um “prazo de 60 dias prorrogáveis unilateralmente tendo em conta critérios de razoabilidade e na medida do necessário”. Agora, a oferta vinculativa da Media Capital, em leilão competitivo, poderá acabar por ter impacto nestes prazos. “A Compradora espera ser contactada pela Vendedora no caso de a presente proposta ser superada por outra que venha a ser apresentada por outro interessado“, lê-se no comunicado à CMVM.
As ações da Cofina SGPS estão a cotar a 46,6 cêntimos por ação, uma valorização face a 50% face ao dia em que o ECO revelou a notícia do MBO, com o apoio de Cristiano Ronaldo.
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