Campanha sensação da Ikea permite escalada ao top cinco das marcas mais recordadas
Na semana de lançamento da campanha que se tornou tema no país, a Ikea subiu 61 posições no ranking de recordação. Alcançou a quarta posição, o melhor lugar de sempre.
Desde que chegou ao mercado português, a Ikea conseguiu pela primeira vez um lugar no top cinco semanal de marcas mais recordadas. A marca de origem sueca conseguiu alcançar este marco graças à campanha que contemplou um outdoor que promovia uma estante “Boa para guardar livros. Ou 75.800€” – o montante em dinheiro apreendido ao chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária. A campanha começou por se tornar viral, dando origem depois a múltiplas reações, notícias e análise sobre os limites do humor e o assumir de riscos na publicidade.
Na semana de lançamento desta campanha, a Ikea subiu 61 posições face à semana anterior, alcançando o quarto lugar do ranking de marcas com maior recordação. Os dados são do estudo “Tracking Genérica”, da Marktest, que recolhe a recordação sobre marcas, independentemente da classe de produto e do meio de comunicação.
A Ikea conseguiu assim alcançar pela primeira vez o topo de um ranking de notoriedade e recordação que é ocupado de forma consistente pelas três principais operadoras de telecomunicações (Vodafone, Meo e Nos), por insígnias de distribuição alimentar como o Continente, Lidl e Pingo Doce, ou por marcas como a Worten ou a Nike.
A melhor posição que a marca já tinha conseguido ocupar neste ranking foi um 17.º lugar, sendo que em 2023 a Ikea ocupou o 47.º lugar no ranking global de marcas mais recordadas pelos portugueses, refere-se em comunicado.
A campanha que permitiu ao Ikea esta escalada no ranking de recordação de marcas foi assinada pela Uzina e foi aproveitada por muitas outras marcas que partilharam conteúdos em resposta à campanha, num verdadeiro exemplo de real-time marketing. O buzz criado à volta do anúncio foi até também aproveitado junto do quadrante político, com a Iniciativa Liberal (IL) a usar o tema nas suas publicações.
Embora a marca tenha assegurado que apenas queria “brincar com a atualidade, sem qualquer ambição política”, as opiniões dividiram-se entre as que consideraram a Ikea uma marca corajosa que brincou com um assunto tabu e as que julgaram que esta ultrapassou o limite e entrou na campanha eleitoral.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) acabou mesmo por receber queixas por parte de cidadãos contra a campanha lançada pela marca sueca, por considerarem que a mesma representava uma interferência no processo eleitoral. Após análise, a CNE considerou que a campanha “não se enquadra no entendimento do que é considerado propaganda política na forma comercial”, avançou o Público.
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