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Morreu Washington Olivetto, nome maior da publicidade brasileira

Rafael Ascensão,

Washington Olivetto venceu mais de 50 prémios no Cannes Lions. Ícone da publicidade brasileira, alguns dos seus trabalhos marcaram tanto a sociedade brasileira como a indústria da publicidade.

Washington Olivetto morreu este domingo, aos 73 anos, vítima de complicações pulmonares. Referência e ícone da publicidade brasileira, foi responsável por campanhas icónicas que marcaram a população e sociedade brasileiras. “Bombril”, “Primeiro Sutiã”, ou “Cachorrinho Cofap” são algumas das suas criações mais reconhecidas.

Começou a trabalhar na área da publicidade com apenas 18 anos, em 1969, enquanto estagiário. Três meses depois produziu a sua primeira campanha para a empresa Deca, que conquistou um Leão de Bronze no Cannes Lions, o mais importante festival de criatividade do mundo.

Ao longo da sua carreira, acabou por vencer mais de 50 Leões no Cannes Lions. Entrou no Hall da Fama do FIAP (Festival Ibero-Americano de Publicidade) em 2009 e foi homenageado com o Clio Lifetime Achievement Award em 2014. Um ano depois foi escolhido como o primeiro não anglo-saxónico a entrar para o Creative Hall of Fame do The One Club.

Fundou a agência W/Brasil com outros dois sócios em 1986, uma das agências mais premiadas do mundo (com quase mil prémios) e que contou com filiais em Portugal (W/Portugal), Espanha (Alta Definición & Washington Olivetto) e nos Estados Unidos (W/USA). Em 2010, a W/Brasil fundiu-se com a agência norte-americana McCann Erickson, passando a W/McCann e ficando Washington Olivetto como presidente do conselho de administração da empresa. Olivetto foi também vice-presidente do Corinthians, clube de futebol brasileiro.

Um dos seus trabalhos mais icónicos, onde transformou o cão da raça dachshund num símbolo dos amortecedores Cofap numa campanha lançada em 1989, teve tanto impacto que ainda hoje muitas pessoas no Brasil se referem aos cães da raça dachshund como “cachorro Cofap”. A campanha da Bombril, protagonizada pelo ator Carlos Moreno e que ficou 26 anos no ar, ou “O Primeiro Sutiã“, para a Valisère, foram outros dos seus trabalhos que marcaram tanto a sociedade brasileira como a indústria da publicidade.

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