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Mais de metade dos consumidores não encontra uma plataforma unificada para pesquisa

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O estudo sublinha que é registada uma diferença geracional entre os consumidores, com 33% da geração Z e 28% dos millennials a afirmar ter substituído os motores de busca pelas redes sociais.

Mais de metade dos consumidores (54%) diz que não existe uma plataforma unificada que corresponda a todas as suas necessidades de pesquisa. Esta nova realidade leva a que os profissionais de marketing devam encarar a pesquisa como “uma ferramenta vital para chegar a novos consumidores”.

Esta é uma das principais conclusões do “The Future of Search”, estudo da Omnicom Media Group, que analisou o panorama da pesquisa online, tendo em conta a evolução cultural e tecnológica, bem como os padrões de comportamento dos consumidores. Para o estudo foram inquiridos 1.419 adultos.

Segundo o relatório, os consumidores estão, no entanto, conformados com a ideia de existirem diversas formas e plataformas para pesquisar, sendo que quase três quartos dos consumidores dizem não estar sobrecarregados com as múltiplas plataformas de pesquisa.

“Em vez disso, os consumidores adotam a escolha e a conveniência de personalizar e selecionar as suas experiências de pesquisa. Embora a pesquisa tradicional continue a ser um elemento comum a todos os grupos, a vasta gama de possibilidades que os consumidores escolhem agora para fazerem as suas pesquisas confirma esta ideia, sendo que os grupos mais jovens são ainda mais propensos a recorrer a alternativas como as plataformas sociais“, refere-se no “The Future of Search“.

Segundo o estudo, os motores de busca — como o Google ou o Bing — continuam assim a ser, de forma predominante, as plataformas mais utilizadas pelos consumidores para fazerem pesquisas, sendo referidas por 98% dos inquiridos. O relatório mostra ainda que 40% usa questões completas nas suas pesquisas nestas plataformas.

Mas, perante uma utilização crescente de smartphones, do consumo de conteúdos rápidos, leves e interativos e da procura por formas de conexão imediata, os comportamentos de pesquisa dos consumidores têm sido alterados, sendo que 76% dos inqueridos refere também utilizar plataformas de e-commerce, como a Amazon, para procurar os seus bens de consumo.

Entre as plataformas mais usadas segue-se o YouTube (64%), as redes sociais (54%) e plataformas especializadas como o Google Maps (51%). Em sentido crescente, surge também a utilização de smart TV, com 38% dos inquiridos a procurar informações sobre conteúdos de entretenimento nestes aparelhos.

O estudo sublinha que é registada uma diferença geracional entre os consumidores, com 33% da geração Z e 28% dos millennials a afirmar ter substituído os motores de busca pelas redes sociais.

A utilização de plataformas de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, enquanto ferramenta de pesquisa, também tem registado uma tendência crescente, com 27% dos consumidores a utilizar estas plataformas para fazer as suas pesquisas. O estudo refere ainda que 40% dos consumidores se mostra disponível para experimentar marcas e produtos que sejam recomendados por IA, quando não estiverem com vontade de fazer a sua pesquisa de forma ativa.

Em suma, o search “tem evoluído profundamente num ecossistema fragmentado, ocorrendo ao longo de todo o ciclo de compra e perante um contexto de comportamentos do consumidor cada vez mais diversificados e individualizados, impulsionados na era dos smartphones e da hiperconectividade”, refere-se em nota de imprensa de divulgação do estudo.

O estudo realça ainda que 74% dos consumidores, quando considera a que plataformas recorrer para fazer as suas pesquisas, dá prioridade à confiança. Neste campo, os motores de busca tradicionais são os que recolhem maiores níveis de confiança entre os consumidores.

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