Impresa falha venda da sede a fundo de investimento do BPI
A dona da SIC e do Expresso e o BPI Imofomento encontravam-se em “fase avançada de negociações”, numa operação que estava avaliado em 37 milhões de euros.
As negociações entre o grupo Impresa e o BPI Imofomento para a venda do edifício-sede da dona da SIC e Expresso, por 37 milhões de euros, fracassaram.
“A Impresa informa que, não tendo as partes chegado a acordo final quanto às condições da transação, a mesma não se irá concretizar”, de acordo com a informação transmitida esta quinta-feira, em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As empresas encontravam-se em “fase avançada de negociações” numa operação que envolvia duas tranches: o primeiro pagamento seria de 25 milhões de euros a serem pagos pela sociedade BPI Gestão de Ativos no momento da compra do imóvel e o segundo, no valor de 12 milhões de euros, a transferir 48 meses depois.
Em causa está um imóvel, designado Edifício Impresa, detido pela subsidiária Impresa Office & Service Share — Gestão de Imóveis e Serviços, na Rua Calvet de Magalhães, pertencente ao município de Oeiras. Após a venda, o prédio passará “a tomar de arrendamento”. Ou seja, a Impresa continuará no local enquanto arrendatária.
Inicialmente, estava previsto que a venda ficasse concluída durante a primeira quinzena de julho. “A concretizar-se, esta transação implicará a amortização antecipada de um financiamento que na presente data ascende a, aproximadamente, 14.900.000 euros e cujo cumprimento está garantido por garantia real constituída sobre o referido imóvel”, explicou a Impresa aquando do anúncio das negociações.
O objetivo de vender a sede era conhecido desde meados de março, quando a Impresa apresentou os resultados financeiros de 2024, um ano que culminou com prejuízos de 66,2 milhões de euros. Além do plano de redução de custos de 10%, que prevê um corte de 16 milhões de euros nos próximos três anos, a Impresa começou a avaliar a venda do edifício para fins de encaixe financeiro. A transação não abrangia os principais ativos da empresa.
Esta não é a primeira vez que a Impresa tenta uma operação deste género. Em 2018, vendeu o edifício-sede ao Novobanco e encaixou 24,2 milhões de euros. Quatro anos mais tarde, recomprou-o.
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