O desafio da SIC “é diário e permanente, independentemente dos resultados”, aponta Daniel Oliveira

Rafael Ascensão,

O diretor de entretenimento da SIC sublinha a ambição de conquistar espectadores todos os dias. Veja algumas das novidades do canal para os próximos tempos.

Daniel Oliveira, diretor geral de entretenimento da SIC, Ricardo Costa, chief content officer da Impresa, e Bernardo Ferrão, diretor de informação da SIC e diretor da SIC Notícias

O desafio da SIC “é diário e permanente, independentemente dos resultados”, defendeu Daniel Oliveira, diretor geral de entretenimento da SIC, num evento de apresentação de novidades da estação do Grupo Impresa.

Questionado sobre a posição do canal em relação à sua liderança, Daniel Oliveira disse que a SIC “trabalha todos os dias com o mesmo propósito, que é ter mais um espectador que no dia anterior e cativar os que já estão com o canal”, sendo esse “um desafio diário independentemente desse resultado e da liderança“.

Queremos é apresentar uma boa proposta, apresentando os nossos valores, nunca fugindo disso, e procurando ter uma grelha tão diversificada quanto possível, com rostos também diversificados, para chegar a todos os públicos. O desafio é diário e permanente, independentemente dos resultados“, acrescentou em declarações aos jornalistas à margem do evento.

Em agosto, recorde-se, a SIC manteve a liderança das audiências que recuperou em abril, ao ficar separada da TVI por uma distância de 0,2 pontos percentuais (pp), menos 0,8 pp, face ao mês anterior. De acordo com a análise da Dentsu/Carat para o +M, a estação do grupo Impresa fechou o mês de agosto com um share de 14,2% e foi acompanhada em média por 296,8 mil pessoas.

Entre os programas destacados no evento de apresentação da nova grelha, no que toca ao entretenimento e ficção estão “Isto é Gozar com Quem Trabalha”, “Aldeia do Amor” — um novo programa apresentado por Júlia Pinheiro –, “Terra Nossa” ou “Lua Vermelha”. A SIC vai ainda continuar a apostar em novelas próprias — estreando a 22 de setembro “Vitória”, numa parceria da SIC com a OPTO e Disney+ –, na ficção turca e na sua parceria com a TV Globo, no âmbito da qual vai adaptar a história de “Páginas da Vida” à realidade portuguesa, numa novela que vai começar a ser gravada em outono.

O objetivo passa por “conjugar o que as pessoas esperam da SIC e que já tem a sua força — como o “Isto é Gozar com Quem Trabalha” e “Terra Nossa” — com a aposta em novas soluções para cativar mais público“, explicou Daniel Oliveira.

Já Bernardo Ferrão sublinhou no evento o facto de a SIC ter sido líder na informação em 2025 com o “Primeiro Jornal” e o “Jornal da Noite”, apontando que, em matéria de informação, o canal quer ser “irreverente sem esquecer a consistência“.

Não somos só futebol, guerra ou política. Tentamos que as várias frentes estejam conciliadas para dar uma interpretação do mundo e do país como um todo“, disse o diretor de informação da SIC e diretor da SIC Notícias. Entre algumas novidades avançou a aposta em “Cidades Esquecidas”, uma série documental de quatro episódios sobre cidades que já foram protagonistas da história do mundo, e “Fora da Rota”, que consiste numa “viagem por algumas das paisagens mais espetaculares do mundo”.

Neste campo, os portugueses vão também poder continuar a contar com programas como “Guerra Fria”, “Polígrafo SIC”, “Jogos de poder”, “Contas Poupança”, “Investigação SIC”, “Grande reportagem”, “Essencial” e “Reportagem Especial”.

No que diz respeito à SIC Notícias, o canal comemora 25 anos em janeiro, pelo que “irá ser criada uma grande ocasião” para assinalar esse marco, garantiu Bernardo Ferrão. O diretor do canal disse ainda que “os números têm provado como a SIC Notícias tem sabido crescer com experiência acumulada e uma visão 360º, que faz de si um canal tão relevante“, acrescentando que o canal cresceu 17,6% desde o início do ano.

Recorde-se, no entanto, que a SIC Notícias perdeu em agosto o segundo lugar entre os canais de informação mais vistos em Portugal para o News Now. Ficando apenas atrás da CNN Portugal, o News Now subiu 0,3 pp para 2,2% de share, ficando 0,1 pp à frente do canal de informação do grupo Impresa, concretizando assim, no último mês a ultrapassem que começou a desenhar no início de agosto.

Para o futuro próximo, os telespectadores da SIC Notícias podem contar também com “novos painéis de comentário, novos programas, uma nova grelha adaptada à atualidade”. “É sempre isso que acontece na SIC Notícias, que não pára de estar em permanente adaptação à atualidade”, acrescentou Bernardo Ferrão.

No âmbito das eleições autárquicas que se avizinham, a SIC e SIC Notícias vão também apostar nos frente a frente entre os principais candidatos às duas maiores cidades do país e em debates entre os candidatos a algumas das principais câmaras municipais. Já para as presidenciais, os telespectadores podem contar com “duas grandes entrevistas com dois dos grandes candidatos” e “mais novidades que ainda não podem ser reveladas”.

Sobre a possível transmissão de jogos de futebol — numa altura em que os direitos de transmissão das competições europeias estão exclusivos dos canais sob assinatura (Sport TV e Dazn) e em que os canais da Media Capital estão a transmitir os jogos em casa do Moreirense, após um acordo celebrado com o clube minhoto –, Daniel Oliveira disse que a SIC “está sempre à procura de investimentos que sejam racionais com a realidade portuguesa e o contexto português”, pelo que poderá considerar essa possibilidade “quando surgirem boas oportunidades e que tenham enquadramento financeiro”.

No evento de apresentação de novidades da estação, foi ainda destacado a realização da segunda edição do Tribeca Festival Lisboa 2025, entre 30 de outubro e 1 de novembro, ou da 29ª edição do Globos de Ouro, cuja gala decorre no dia 28 de setembro e que conta com convidados como Calum Scott, Trovante, Silence 4 ou Laura Pausini. Já a SIC Esperança promove uma nova edição da campanha “Trocados por Miúdos”, para apoiar projetos educativos.

A Impresa, dona da SIC, SIC Notícias e também do Expresso, fechou o primeiro semestre com um prejuízo de 5,1 milhões de euros, um agravamento de 27,1% na comparação com o período homólogo.

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