Costa quer acelerar banco ‘mau’
O primeiro-ministro, o Banco de Portugal, as Finanças, a Economia e o grupo de trabalho que está a estudar a criação do banco 'mau'reuniram esta semana. Costa quer o arranque no primeiro trimestre.
O primeiro-ministro António Costa reuniu esta semana com o Banco de Portugal, Ministério das Finanças, Ministério da Economia e com o grupo de trabalho que está a estudar a criação de um veículo para ajudar a limpar o malparado da banca. A ideia é acelerar o processo para pôr em prática o banco ‘mau’, de modo a que este possa arrancar até ao fim do primeiro trimestre de 2017, avança o Expresso na edição deste sábado.
Cada elemento do grupo saiu da reunião com um rol de tarefas devidamente calendarizadas. António Costa quer estar na posse de toda a informação o mais rápido possível pelo que terá dado indicações claras para que o processo seja acelerado até porque a estabilização do sistema financeiro é considerada vital.
Costa terá mesmo pedido ao governador do Banco de Portugal, Carlos Costa para que estudasse ao pormenor o malparado de cada banco para que houvesse uma radiografia clara do problema.
O semanário avança ainda que a preocupação do primeiro-ministro vai ainda mais longe, pois está preocupado com o impacto que pode ter na economia, principalmente nas empresas que geraram os créditos malparados, uma venda destes a uma entidade externa.
Apesar do modelo do banco ‘mau’ não estar ainda definido, o que está mais avançado passa pela compra ao valor do balanço (book value) do malparado da banca. O Expresso adianta que há interessados em comprar o malparado dos bancos ao valor a que estão registados, ou seja, sem ser necessário registar imparidades adicionais. O que levaria a que o impacto nos rácios dos bancos fosse nulo. A acontecer, permitiria uma injeção direta de 15 mil milhões de euros na economia que poderia libertar 75 mil milhões diz o Expresso citando uma fonte próxima ao processo.
A criação do banco ‘mau’ não é pacífica na medida em que existe quem duvide da sua exequibilidade e da adequação às reais necessidades da banca, com os bancos a rejeitarem liminarmente uma solução que prejudique mais os rácios de capital.
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