Negócio está pior, mas CTT mantêm dividendos
A empresa antecipa uma queda de 4,2% no tráfego de correio e um recuo de 4 a 7% do EBITDA em 2016, mas vai manter a proposta de dividendo em 48 cêntimos por ação.
Os resultados dos CTT no último trimestre de 2016 foram piores do que o esperado, mas a empresa vai manter a proposta de dividendo mínimo a pagar aos acionistas neste ano, no valor de 48 cêntimos por ação.
“Os CTT informam sobre atualização do guidance sobre os resultados operacionais e o EBITDA recorrente do ano de 2016 em comparação com o último divulgado pela empresa, particularmente devido ao decréscimo superior ao esperado do tráfego de correio no quarto trimestre de 2016″, começa por referir a empresa, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A primeira revisão às previsões iniciais diz respeito ao tráfego. Nas estimativas iniciais, os CTT apontavam para que o tráfego de correio endereçado caísse 3% no ano passado. Agora, a empresa antecipa uma queda de 4,2% em 2016, justificada pelo “impacto relevante dos feriados naquele período (menos três dias úteis do que no quatro trimestre de 2015)”, que originou um “decréscimo de 4% a 5% nos rendimentos operacionais de 2016”.
Recorde-se que, no final do ano passado, os CTT foram penalizados em Bolsa pela decisão do Governo de passar a notificar os impostos em atraso através de correio eletrónico, agravando as perspetivas de receita da empresa de serviços postais.
Também as perspetivas para o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) pioraram. A empresa já reconhecia que o objetivo para este indicador era “difícil de atingir” em 2016, mas referia que o “forte desempenho do terceiro trimestre de 2016 constitui base sólida para o segundo semestre de 2016”. Agora, os CTT preveem um “decréscimo de 4% a 7% no EBITDA do ano 2016 (excluindo Banco CTT)”.
Apesar desta atualização das previsões, a empresa vai manter os dividendos. “A administração reafirma que poderá propor um dividendo mínimo de 0,48€ por ação para 2016, pagável em 2017”.
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