Inflação e banca deixam Wall Street em suspenso

A inflação é o grande foco da preocupação dos investidores, que temem a subida das taxas de juro intuídas pela Reserva Federal. Resultados do JP Morgan e Citigroup também retiveram a ação dos investidores, contudo, as notícias são animadoras.

Os investidores refugiaram-se nas Obrigações do Tesouro face às notícias de uma inflação abaixo da fasquia dos 2% definida pela Reserva Federal Americana. As declarações de Janet Yellen, à frente da Reserva, alimentam os receios: espera-se que a inflação acelere, pelo que as taxas de juro deverão subir de forma gradual. Esta sexta-feira são revelados os dados da inflação e a Fed deverá pronunciar-se sobre os mesmos, deixando para já os mercados em suspenso.

Na abertura da bolsa, o industrial Dow Jones foi o único registar quebras, que ainda assim se ficaram pelos 0,11%. Caiu para os 2.1529.83 pontos. O S&P 500 e o tecnológico Nasdaq subiam 0,19% para os 2447.83 e 0,16% para os 6284.70, respetivamente.

Yellen lançou ainda preocupação nos mercados ao declarar que as subidas tímidas nos preços têm causas estruturais, um mau sinal para a economia. Os consumidores não estão a ajudar, com as vendas de retalho a caírem pela segunda vez em junho, após a queda de maio.

Na mira dos investidores estão também os grandes bancos norte-americanos, JP Morgan e Citigroup, que apresentam os resultados esta sexta-feira relativos ao segundo trimestre. A banca americana deu bons sinais com os 30 principais bancos a passarem os testes de stress, mas os relatórios do JP Morgan e Citigroup vêm acrescentar pistas importantes sobre os dividendos.

No JP Morgan, os resultados do segundo trimestre são os melhores de sempre entre os grandes bancos americanos. Mas não graças às receitas de negociação, que caíram 14%. As receitas globais do último ano ascendem aos 23,2 mil milhões de euros.

Também o concorrente Citigroup esteve acima das expetativas, atingindo um preço por ação de 1,28 dólares quando se previa que ficasse pelos 1,21 dólares. Isto traduz-se em receitas de 15,6 mil milhões de euros. Semelhante ao verificado no JP Morgan,as receitas dos serviços de mercados e títulos caiu 5% devido a uma redução de 11% nas vendas nos mercados de ações.