Pestana Pousadas avalia candidatura a concursos de hotéis
O grupo Pestana Pousadas admite avaliar a candidatura a quatro ou cinco hotéis no âmbito do programa Revive.
O Grupo Pestana Pousadas está à espera do lançamento de “quatro ou cinco” concursos do Programa Revive para estudar o eventual interesse numa candidatura, disse o presidente da empresa à agência Lusa.
“Relativamente ao conjunto dos imóveis que foram indicados como a disponibilizar, apenas em quatro ou cinco casos poderemos vir a ser candidatos”, disse o presidente do Grupo Pestana Pousadas, Luís Castanheira Lopes.
Apesar de não querer revelar em concreto quais são os empreendimentos que pretendem analisar, admite que os da zona de Lisboa e Algarve despertam potencial interesse. “Em alguns casos, [os imóveis a disponibilizar] ficam em localizações onde já estamos e poderíamos vir a ser redundantes. Por outro lado, alguns ficam em localizações onde não achamos que sejam apelativas do ponto de vista da procura (…) e, depois, há alguns em que poderemos vir a estar interessados”, acrescenta.
Castanheira Lopes diz também que uma futura tomada de posição dependerá de, pelo menos, três fatores, que ainda não são conhecidos: “Nesses casos [dos que têm interesse em estudar], evidentemente, teremos de saber qual é o prazo da concessão, qual é a renda que vamos pagar e o que é poderemos vir ali a fazer”. Por exemplo, “quantos quartos posso fazer? 10? Não estou interessado. 40? Talvez. 70? Certamente”, explicou o responsável. “Sem termos estas situações definidas, não nos podemos pronunciar [no concreto]. Aguardamos”, refere.
No geral, o grupo Pestana Pousadas aplaude esta ideia do Governo que, na sua opinião, “corresponde em boa parte ao que as pousadas vêm a fazer desde os anos 50”, a reabilitação. “Vemos algum património que hoje são pousadas belíssimas onde antigamente havia escombros, como é o caso de Beja, do Crato, Porto, Covilhã, e tantos outros. Por isso, a ideia do Governo de disponibilizar uma série de imóveis é excelente. Só a podemos apoiar”, conclui.
Em 22 de fevereiro, o Governo anunciou que o edifício do antigo Hotel de Turismo da Guarda vai ser recuperado pelo agrupamento de empresas MRG, no âmbito do Programa Revive, num investimento global estimado de sete milhões de euros. Segundo uma nota do Gabinete da Secretária de Estado do Turismo, o consórcio fica com a concessão do imóvel icónico da Guarda “durante 50 anos, mediante o pagamento de uma contrapartida anual de 63 mil euros”.
O Hotel Turismo da Guarda foi projetado em 1936 por Vasco Regaleira e é um dos edifícios mais emblemáticos da cidade da Guarda, estando situado no centro da cidade. O concurso para o Hotel Turismo da Guarda foi o terceiro a ser lançado no âmbito do Programa Revive, indica a mesma nota.
Segundo a fonte, “posteriormente foi ainda lançado o concurso público para instalação de uma unidade hoteleira no Paço de Valverde, em Évora”. O primeiro imóvel a ser lançado em concurso público no âmbito do Programa Revive foi o Convento de São Paulo, em Elvas. O grupo Vila Galé ganhou o concurso e “já iniciou as obras para a instalação de uma unidade hoteleira”, indica. A nota explica ainda que a este processo seguiram-se os Pavilhões do Parque Dom Carlos I, nas Caldas da Rainha, “cujo concurso foi ganho pela Visabeira”.
“Prevê-se que sejam lançados em breve os concursos de concessão do Colégio de São Fiel, em Castelo Branco, do Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, e da Coudelaria de Alter, em Alter do Chão”, conclui.
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