“Mercadona é mais um desafio” para o Lidl Portugal

O administrador financeiro do Lidl Portugal, Sérgio Ramos, afirmou esta quarta-feira que a entrada da cadeia de supermercados espanhola Mercadona no segundo semestre no mercado português “é mais um desafio” para a empresa e manifestou-se confiante.

Sérgio Ramos falava aos jornalistas em Lisboa, numa conferência de imprensa onde foi apresentado um estudo de impacto socioeconómico da cadeia de supermercados Lidl no mercado português, realizado pela consultora KPMG.

“A Mercadona é mais um desafio que vamos ter, mas as expectativas são boas“, afirmou o responsável, que salientou que o setor de retalho em Portugal “é muito concorrencial”, mas que a empresa já está habituada.

“O facto de entrar um concorrente não vai mudar a nossa estratégia“, salientou, apontando que esta “já está definida há muitos anos”.

“Gostamos de trabalhar com desafios”, sublinhou o administrador financeiro do Lidl Portugal, que entrou no mercado português em 1995.

Sobre a atividade da cadeia até junho, Sérgio Ramos disse que “está a correr bastante bem, de acordo com o planeado” e até “melhor que no ano passado”, o que significa que o Lidl Portugal está “a crescer”.

Relativamente ao segundo semestre, disse que a “expectativa é boa”, apesar da entrada da Mercadona já no início de julho.

Admitiu que a cadeia de supermercados poderá abrir novas lojas, mas não adiantou o número, deixando antever que a estratégia passará mais pela remodelação de lojas que já existem.

“O país está coberto em termos de capilaridade. Vamos ter novas lojas, mas o foco é também a modernização de lojas“, acrescentou.

Sérgio Ramos também não avançou números sobre o investimento da marca em Portugal para este ano.

De acordo com o estudo hoje apresentado, entre 2014 e 2018 o Lidl gerou mais de 9.000 milhões de euros de riqueza em Portugal, contribuindo para a criação, de forma direta, indireta e induzida de mais de 46 mil postos de trabalho.

No ano passado, a contribuição da empresa saldou-se em 2.120 milhões de euros, o que representa 1% do Produto Interno Bruto (PIB) português.

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