Milhares de pessoas reúnem-se em Paris para protestar contra morte de curdos
Os confrontos começaram quando os manifestantes se depararam com um cordão de agentes policiais que protegiam o ministro da Administração Interna francês.
A manhã deste sábado, véspera de Natal, foi marcada por vários episódios de tensão e violência junto à Praça da República, em Paris. Há registo de confrontos entre os manifestantes e a polícia no centro da capital francesa.
Ativistas curdos, políticos de esquerda e grupos antirracistas concentraram-se em Paris, após três pessoas terem sido mortas num centro cultural curdo, num ataque que os promotores do encontro dizem ter sido motivado por motivos raciais.
O ataque de sexta-feira, num bairro do centro de Paris, também feriu três pessoas e suscitou preocupações sobre crimes de ódio contra grupos minoritários, numa altura em que vozes de extrema-direita ganharam proeminência em França e na Europa nos últimos anos.
A comunidade curda acusa o atirador de ato terrorista e de ter cometido um crime político, a mando da Turquia.
Para além do ataque de sexta-feira, os curdos recordam um outro ataque em janeiro de 2013 que visou a comudade curda e que foi perpetrado por um homem com ligações à Turquia.
Os confrontos começaram quando a multidão se deparou com um cordão de agentes policiais que protegiam o ministro da Administração Interna francês. Gérald Darmanin deslocou-se ao local para avaliar o andamento da investigação e dar uma conferência de imprensa. Durante o seu discurso, membros da comunidade curda expressaram a sua raiva perante o incidente e gritaram contra a Turquia, escreve o “Le Monde”.
As autoridades francesas recorreram a granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes. Nas ruas, vários objetos foram incendiados, caixotes do lixo e mesas de restaurantes vandalizadas e vários carros danificados. Segundo o jornal francês, pelo menos 11 polícias ficaram feridos nos confrontos.
Alguns manifestantes gritaram “PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão)” e “os mártires não morrem”, avança ainda o “Le Monde”. As três pessoas que foram alvejadas e faleceram esta sexta-feira eram curdas, relata a agência Reuters, citando um advogado.
Alguns manifestantes gritaram “PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão)” e “os mártires não morrem”, avança ainda o “Le Monde”. As três pessoas que foram alvejadas e faleceram esta sexta-feira eram curdas, relata a agência Reuters, citando um advogado.
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