Novos contratos de arrendamento caíram 1,7% no primeiro trimestre. Renda mediana subiu 9,4%
A quebra homóloga de 1,7% no número de novos contratos nos primeiros três meses do ano foi acompanhada por um aumento de 9,4% do valor da renda mediana face ao mesmo período do ano anterior.
Entre janeiro e março deste ano, foram celebrados 24.300 novos contratos de arrendamento, o que representa uma quebra de 1,7% face ao período homólogo, quando foram assinados 24.727 novos arrendatários, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Já em comparação com os três meses anteriores, o número de novos contratos de arrendamento cresceu 7,4%.
Os dados provisórios das rendas da habitação ao nível local, publicados esta terça-feira, mostram que, no primeiro trimestre de 2023, o valor mediano das rendas dos novos contratos cifrou-se em 6,74 euros por metro quadrado. Este montante traduz um aumento homólogo de 9,4%, mas uma queda de 2,5% face ao último trimestre do ano passado, a primeira desde o início de 2022.
Evolução da taxa homóloga da renda mediana e do número de novos contratos
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A renda mediana aumentou em 13 das 25 sub-regiões do país analisadas pelo INE, com destaque para o Alentejo Litoral e Terras de Trás-os-Montes, onde subiu 12,8% e 11,5%, respetivamente. Pelo contrário, o maior decréscimo verificou-se na Região Autónoma dos Açores (-8,0%), sendo que a renda mediana também caiu nas áreas metropolitanas de Lisboa (-1,2%) e do Porto (-4,3%).
No que toca às sub-regiões onde se praticaram as rendas mais altas no primeiro trimestre, a Área Metropolitana de Lisboa continua a destacar-se das restantes: os arrendatários pagaram, em média, 10,38 euros por metro quadrado. Seguem-se o Algarve (7,81 euros/m2), a Região Autónoma da Madeira (7,73 euros/m2) e a Área Metropolitana do Porto (7,29 euros/m2). O valor das rendas nestas zonas situou-se acima do valor nacional, assinala o gabinete estatístico.
Na comparação homóloga, a renda mediana aumentou nas 25 sub-regiões analisadas. O INE destaca, com crescimentos superiores a 15%, o Alentejo Litoral (+25,6%), Beiras e Serra da Estrela (+17,6%), Região de Aveiro (+16,9%), Região de Coimbra (+16,8%), Região de Leiria (+16,7%), Alentejo Central (+16,0%) e Viseu Dão Lafões (+15,9%). Nas quatro sub-regiões com rendas acima do valor nacional, os aumentos da renda mediana foram de 12,6% para a Área Metropolitana de Lisboa, 10,8% no Algarve, 10,3% na Área Metropolitana do Porto e 9,8% na Madeira.
Houve também um aumento da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, dos quais três tiveram crescimentos homólogos acima de 20%: no Porto, onde se pagaram 11,25 euros por metro quadrado (+22,1%); em Lisboa (14,50 euros/m2; +20,6%) e em Barcelos (4,79 euros/m2; +20,4%).
“Tal como em trimestres anteriores, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção de Santa Maria da Feira (4,70 euros/m2) e Gondomar (6,36 euros/m2), registaram rendas medianas superiores à nacional”, nota ainda o INE.
(Notícia atualizada às 12h24)
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