Endesa investe um milhão de euros em Abrantes numa Escola Rural de Energia Sustentável
Ana Carreto indicou “um investimento de um milhão de euros”, direcionado para “mais de 1.300 beneficiários” e que “favorecerá os residentes, os desempregados e as mulheres na região” de Abrantes.
A Endesa, empresa de energia que vai explorar a antiga central a carvão do Pego, em Abrantes (Santarém), vai investir um milhão de euros na criação de uma Escola Rural de Energia Sustentável, de formação gratuita, foi anunciado esta quarta-feira.
“O Plano Global de Formação, que a Endesa tem vindo a implementar desde março deste ano, dá agora origem à Escola Rural de Energia Sustentável, que prevê mais de 5.000 horas de formação durante os próximos três anos, relacionadas com a atividade que será gerada pelas centrais de energias renováveis”, disse em Abrantes Ana Patrícia Carreto, da multinacional espanhola.
Ana Carreto indicou “um investimento de um milhão de euros”, direcionado para “mais de 1.300 beneficiários” e que “favorecerá os residentes, os desempregados e as mulheres na região” centrada em Abrantes.
A responsável de Criação de Valor Partilhado e Projetos de Sustentabilidade da Endesa Generación Portugal disse à Lusa que a iniciativa “está associada ao projeto da Endesa para a região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego”, com o projeto de desenvolvimento renovável a ser acompanhado por um plano socioeconómico, que visa gerar emprego e criar valor na região.
Ana Carreto disse ainda que a Escola Rural de Energia Sustentável “vai contemplar todas as formações que a Endesa vai disponibilizar para a comunidade no âmbito do Projeto de Transição Justa do Pego, sendo como que o “chapéu que alberga todas as formações que a Endesa proporciona” na região, com os cursos a serem ministrados em Abrantes e nos concelhos da área envolvente (Médio Tejo e Alto Alentejo).
“O objetivo deste inovador programa de formação é requalificar e capacitar trabalhadores e, consequentemente, aumentar a empregabilidade da região e estabelecer laços de confiança e enraizamento da Endesa na comunidade local”, vincou a responsável.
Com o fecho da central a carvão do Pego, em 30 de novembro de 2021, a companhia obteve em 2022, em concurso público para reconversão da central de produção de energia, um direito de ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) de 224 MVA para a instalação de 365 MWp de energia solar, 264 MW de energia eólica, com armazenamento integrado de 168,6 MW, e um eletrolisador de 500 kW para a produção de hidrogénio verde.
Presente na sessão de apresentação da Escola Rural de Energia Sustentável, o presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, afirmou que a escola de formação “é mais um sinal da presença da Endesa”, tendo lembrado um “projeto que se assume acima dos 600 milhões de euros de investimento” no território, nomeadamente na freguesia do Pego.
“Hoje é um sinal dessa ação concreta, relativamente à formação dos futuros profissionais que a Endesa procura para implementação dos seus projetos e de outros que se venham a instalar em Abrantes e na região, no âmbito das energias renováveis e do Fundo de Transição Justa”, destacou.
Depois do fecho da central térmica do Pego em 2021, a Endesa, através da sua filial Endesa Generación Portugal, venceu em 2022 o concurso público de transição justa do Pego com um projeto que combina a hibridização de fontes renováveis e o armazenamento naquela que será a maior bateria da Europa, com iniciativas de desenvolvimento social e económico.
O projeto prevê um investimento de 600 milhões de euros, a reconversão profissional de 2.000 pessoas e a criação de 75 postos de trabalho diretos, sendo que o compromisso é dar preferência e integrar os trabalhadores da antiga central a carvão. A Endesa é a maior elétrica espanhola e a segunda na distribuição de gás em Espanha. Em Portugal, além da central do Pego, tem ainda projetos para geração de energia solar no Algarve e na barragem do Alto Rabagão (Montalegre).
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