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Marca Portugal tem força e reputação “moderada”, classifica estudo da OnStrategy

Carla Borges Ferreira,

A força e reputação da marca Portugal são avaliadas como moderadas, tanto pelo público interno como externo. Em Portugal a tendência é de quebra e no exterior a evolução é positiva.

A força e reputação da marca Portugal são avaliadas como moderadas, tanto pelo público interno como externo. Numa escala de 100 pontos, a marca Portugal regista uma avaliação moderada (62,5 pontos) junto do público interno, tendo registado uma quebra de -0,2 pontos em relação a 2022 e 0,8 pontos em relação a 2021.

Junto do público externo o país, enquanto marca, apresenta também uma avaliação moderada (60,1 pontos). Neste caso, e ao contrário da forma como é avaliada internamente, há uma evolução positiva em relação aos anos anteriores, reforçando a sua avaliação em 2,2 pontos e 3,1 pontos, em relação, respetivamente, a 2022 e 2021.

Os dados são do estudo Força e Reputação da marca Portugal, desenvolvido pela consultora OnStrategy, e o trabalho de campo decorreu durante o primeiro semestre de 2023, antes da Jornada Mundial da Juventude. O estudo foi realizado junto do público interno e externo do país (em 25 países), dividido em cidadãos comuns, estudantes, quadros empresariais, empresários, investidores, emigrantes e turistas.

“Em linhas gerais, apesar dos resultados consolidados de todos os atributos serem em termos globais semelhantes, as principais evidências apontam para, dois países distintos numa perspetiva interna e numa perspetiva externa”, destaca a consultora.

A nível interno, os grupos que registam uma tendência de crescimento positivo são os profissionais (+0,5 pontos), os investidores (+0,4 pontos) e os emigrantes (+0,3 pontos), sendo os profissionais aqueles que melhor avaliam o país (64,1 pontos).

Cultura, tradições e beleza são os valores que os que recolhem melhor avaliação (86,5 pontos e 86,2 pontos respetivamente), superando em cerca de 20 pontos o terceiro atributo mais bem avaliado (estilo de vida e ambiente social com 67,6 pontos).

A OnStrategy destaca também o crescimento na relevância internacional (+3,7 pontos), exposição e comunicação internacional (+2,5 pontos), educação e tecnologia (+0,8 pontos), beleza (+0,7 pontos), inovação e diferenciação (+0,6 pontos) e confiança (+0,4 pontos). Todos estes atributos registam ainda avaliações moderadas ou mesmo vulneráveis, com exceção do que se refere à beleza do país.

Ambiente político (42,5 pontos), relevância internacional (45,2 pontos), Governo e ética (45,8 pontos), liderança e visão (48,0 pontos) e ambiente económico (51,9 pontos), segurança e apoio na saúde (53,8 pontos) e exposição e comunicação internacional (55,2 pontos) são, em sentido contrário, os atributos com avaliação mais baixa.

Os dados apresentados mostram a tendência de queda no ambiente político (-4,0 pontos), ambiente económico (-2,0 pontos), liderança e visão (-1,2 pontos), admiração (-1,2 pontos), segurança e apoio na saúde (-1,0 pontos), Governo e ética (-0,7 pontos), estilo de vida e ambiente social (-0,7 pontos) e qualidade de produtos e serviços (-0,6 pontos).

Para o público externo a avaliação da marca Portugal merece também uma avaliação moderada (60,1 pontos). É, no entanto, a primeira vez que ultrapassa o nível de vulnerabilidade (abaixo de 60 pontos), recorda a consultora.

“Todos os stakeholders registam um crescimento na avaliação que fazem sobre o país: profissionais (+3,1 pontos), investidores (+2,3 pontos), turistas (+2,2 pontos), estudantes (+2,1 pontos) e cidadãos (+1,5 pontos). Contudo, apenas os turistas e os profissionais ultrapassam a barreira da vulnerabilidade avaliando o país com uma classificação moderada (64,0 pontos e 60 pontos, respectivamente)”, descreve a OnStrategy.

Beleza (81,3 pontos), valores, cultura e tradições (77,2 pontos) e estilo de vida e ambiente social (75,9 pontos) são os atributos com melhor avaliação.

Ainda sobre a avaliação dos atributos definidos, dá-se ênfase ao crescimento positivo em todos os atributos sem exceção, destacando-se o ambiente político (+4,3 pontos), liderança e visão (+3,7 pontos), ambiente económico (+3,3 pontos), educação e tecnologia (+3,0 pontos)”, prossegue a consultora.

No entanto, os stakeholders que ainda registam uma avaliação vulnerável sobre o país são os cidadãos (59,4 pontos), estudantes (59,3 pontos) e os investidores (57,9 pontos), com os atributos que registam avaliações mais baixas são relevância internacional (39,3 pontos), exposição e comunicação internacional (41,9 pontos), inovação e diferenciação (49,8 pontos), liderança e visão (52,2 pontos), ambiente económico (54,4 pontos), Governo e ética (56,9 pontos), segurança e apoio na saúde (57,9 pontos), descreve a OnStrategy.

Notoriedade e familiaridade, admiração, confiança, ambiente político, ambiente económico, governo e ética, liderança e visão, qualidade de produtos e serviços, inovação e diferenciação, estilo de vida e ambiente social, educação e tecnologia, segurança e assistência na saúde, valores, cultura e tradição, beleza, exposição e comunicação fora do país, e relevância internacional foram os itens avaliados, tendo o estudo agregado opiniões de Portugal, Alemanha, França, Itália, Espanha, Polónia, Países Baixos, Grécia, Bélgica, Suécia, Áustria, Dinamarca, Reino Unido, Suíça, China, Índia, EUA, Brasil, México, Japão, África do Sul, Argentina, Canadá, Angola, Moçambique e Emirados Árabes.

Para o estudo foram realizadas em Portugal mais de 20 entrevistadas e fora de Portugal, nos 25 países identificados, foram realizadas mais de 70 mil entrevistadas, concretiza Pedro Tavares, founder & managing partner da consultora,

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