Quase 80% dos consumidores dispostos a descarregar apps de retalhistas em troca de recompensas
Em Portugal, 75% dos compradores consideram que os retalhistas precisam de melhorar a forma como incentivam à fidelidade dos clientes.
Quase oito em cada 10 consumidores (77%) estão dispostos a descarregar a aplicação de um retalhista para receberem melhores bónus ou recompensas de fidelização, segundo as conclusões do Retail Report 2023, resultado de uma análise da Adyen ao setor da alimentação e bebidas. Este número representa um aumento de 11% em relação a 2022.
Segundo o estudo, 82% dos inquiridos revelam que gostariam de usufruir de descontos mais personalizados dos retalhistas onde fazem compras frequentemente. Em Portugal, 75% dos compradores consideram que os retalhistas precisam de melhorar a forma como incentivam à fidelidade dos clientes.
Já entre as empresas analisadas, metade “assume dificuldades em categorizar os compradores de acordo com as suas necessidades e não dispõem de uma base de dados funcional e centralizada“, refere-se em nota de imprensa de divulgação do estudo.
O Retail Report 2023, desenvolvido a nível global, realça também que 61% dos consumidores valorizam a conveniência das devoluções de compras realizadas online em loja e que 63% dos consumidores procuram a possibilidade de adquirir produtos esgotados em loja com a opção de envio ao domicílio, o que faz com que as empresas estejam a investir no “comércio unificado”.
Neste âmbito do comércio unificado, onde acontece uma integração entre lojas físicas e online e onde os pagamentos no digital e no offline são consolidados numa mesma plataforma, 17% dos retalhistas diz estar a investir ativamente neste sistema, enquanto 33% refere que vai começar a fazê-lo e 39% pensa fazê-lo a curto prazo.
No que toca à aquisição de produtos de mercearia e de outros bens alimentares, 76% dos consumidores continuam a preferir fazer as compras de forma física para poderem experimentar os produtos (59%), garantir a sua qualidade (56%) e obtê-los mais rapidamente (53%).
Mas quer seja em lojas físicas ou online, 55% dos consumidores abandonam as compras se não puderem pagar com os seus métodos preferidos, o que “evidencia o poder de oferecer opções de pagamento para atender às preferências individuais e garantir uma conclusão bem sucedida das transações”, refere-se em nota de imprensa.
Os dados mostram também que duas em cada 10 pessoas estão “particularmente preocupadas” com os custos de entrega e dizem encomendar menos refeições online, para evitar pagar estas taxas.
Conscientes destas preferências, os retalhistas dizem querer melhorar o seu negócio para ir ao encontro da expectativa dos seus clientes, reduzindo os custos e aumentando a eficácia (22%), identificando produtos inovadores (22%) e melhorando as experiências dos clientes (21%).
Esta é assim uma “mudança de paradigma que os próprios retalhistas também estão a sentir”, tendo em conta que 58% reportam um aumento das expectativas dos clientes devido à inflação do custo de vida.
“Esta análise ao setor alimentar e das bebidas evidencia a complexidade da dinâmica do mercado atual e oferece, ao mesmo tempo, um guia para os retalhistas que decidem crescer e aproveitar as oportunidades do mundo contemporâneo”, refere-se em nota de imprensa.
Na mesma nota acrescenta-se ainda que “é importante quebrar os ciclos de vendas tradicionais e investir em estratégias flexíveis, como descontos personalizados e programas de fidelidade inovadores, para aumentar a fidelidade dos clientes e acompanhar a competitividade do mercado”.
“Perante um panorama económico incerto e um consumidor mais consciente e cauteloso, continua a ser essencial que as empresas quebrem os ciclos de vendas tradicionais, por exemplo, com dias como a Black Friday, o Prime Day ou o CyberMonday”, diz citado em comunicado Juan José Llorente, country manager da Adyen em Espanha e Portugal, algo que é de “extrema importância” para os retalhistas, “sendo que muitos deles já o fazem”.
“Por exemplo, as empresas, a nível global, dizem que vão manter períodos de desconto flexíveis mesmo após a inflação diminuir, algo que pode ajudar a aumentar a fidelidade dos clientes”, exemplifica.
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