Apesar da digitalização, 70% do out-of-home ainda é estático
Quarenta por cento dos inquiridos consideram que os dados e as análises são "cruciais" e acreditam que estes serão os responsáveis por "moldar significativamente o avanço da indústria".
Apesar da atenção que tem sido dada à digitalização do out-of-home, 70% do inventário exterior ainda é estático, revela o “State of Static OOH report“, um estudo da Broadsign que inquiriu 126 profissionais de 64 empresas que dispõem de inventário de publicidade exterior a nível global.
Na verdade, de acordo com o inquérito, cerca de três quartos dos inquiridos diz que planeia manter pelo menos 75% do seu inventário estático de OOH num futuro próximo. Quase 9% dos inquiridos planeiam mesmo manter o seu inventário estático intacto, enquanto quase 5% perspetivam digitalizar entre 51 a 100% do seu inventário.
É digno de nota que, entre os inquiridos, 69,8% dispõem de inventário híbrido (estático e digital), enquanto 30,2% trabalham unicamente com suportes estáticos.
Na região EMEA (Europa, Oriente Médio e África), em concreto, 53% das empresas planeiam dar prioridade à digitalização das faces estáticas existentes nos próximos anos. No entanto, apenas 10% destas empresas têm intenções de digitalizar mais de metade do inventário estático existente.
Segundo o estudo, o processo de criação e implantação de campanhas estáticas de OOH estão também a passar por uma “mudança transformadora”, tendo em conta a existência de uma “consciencialização crescente” de que fluxos de trabalho mais eficientes, além de desejáveis, são também uma “necessidade estratégica” para o crescimento contínuo do negócio. Neste sentido, 53% dos inquiridos refere encontrar nas ineficiências operacionais uma das principais barreiras para o crescimento da sua organização.
“A principal conclusão da nossa análise é clara: numa acelerada era digital, os proprietários de meios estáticos que adotam fluxos de trabalho simplificados tendem a estar em vantagem competitiva”, refere-se.
No entanto, o State of Static OOH Report conclui que existe uma elevada procura por projetos que vão para lá da publicidade estática mais tradicional, tendo em conta que 94% dos inquiridos dizem receber destes pedidos pelo menos algumas vezes por ano. Quase 5% dos entrevistados dizem recebê-los diariamente, enquanto 6,35% diz nunca receber este tipo de pedidos.
A data parece também assumir uma importância crescente na publicidade exterior, podendo ser a “chave para desbloquear novas receitas”. Segundo o estudo, 40% dos inquiridos consideram que os dados e as análises são “cruciais” e acreditam que estes serão os responsáveis por “moldar significativamente o avanço da indústria”.
Estes fatores relacionados com dados e análise são inclusive aqueles que são considerados como o maior desafio para os próximos anos pelo maior número de inquiridos (30,9%). A estes seguem-se as perceções dos anunciantes sobre o OOH (23,8%) restrições regulatórias (17,4%), a competição digital online (12,7%), a integração de tecnologias (8,7%) ou preocupações ambientais (6,3%).
Embora as preocupações ambientais sejam as menos referidas, quase 64% das empresas que responderam ao inquérito já se comprometeram em reduzir a sua pegada de carbono, enquanto outras 17% têm a expectativa de implementar medidas de sustentabilidade nos seus negócios nos próximos anos.
Ainda dentro do campo da sustentabilidade, 56% das empresas de publicidade out-of-home usam, por norma, luzes LED nas suas estruturas. Já 33% utiliza de forma frequente vinil/papel reciclado e 48% diz reusar ou doar o vinil/papel depois de a campanha em causa terminar.
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