Está iminente uma ofensiva terrestre de Israel em Rafah
As Forças de Defesas Israelitas recorreram à rede social X para apelarem à evacuação de Rafah, após uma noite de bombardeamentos que provocaram a morte de 24 palestianos.
Israel intensificou o seu apelo para que os palestinianos evacuem mais áreas da cidade de Rafah, no sul de Gaza, direcionando-os para uma zona humanitária alargada em Al-Mawasi.
Este apelo, feito através de um post na rede social X pela conta das Forças de Defesas Israelitas, surge como um indicativo claro de que Israel está a prosseguir com os seus planos para um ataque terrestre na região.
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A pressão sobre os residentes de Gaza aumentou também no norte da região, com apelos direcionados às pessoas deslocadas na área de Jabalia e em outras 11 vizinhanças do enclave, para que se desloquem imediatamente para os abrigos a oeste da Cidade de Gaza.
Segundo a agência de notícias palestiniana WAFA, a última noite foi marcada pela morte de 24 palestinianos após bombardeamentos de jatos israelitas em várias áreas do centro de Gaza.
Apesar da intensa pressão dos EUA e do alarme expresso por residentes e grupos humanitários, Israel declarou que avançará com a incursão em Rafah, onde mais de um milhão de deslocados procuraram refúgio durante os sete meses de conflito.
Até ao momento, cerca de 300 mil habitantes de Gaza movimentaram-se em direção a Al-Mawasi, conforme indicado pelo exército israelita, que sustenta que a vitória no conflito passa necessariamente por erradicar milhares de combatentes do movimento islâmico Hamas, que acredita estarem posicionados em Rafah.
Na sexta-feira, tanques israelitas capturaram a principal estrada que divide as secções oriental e ocidental de Rafah, cercando efetivamente o lado oriental numa ofensiva que levou Washington a suspender a entrega de alguma ajuda militar ao seu aliado.
A Casa Branca expressou na sexta-feira a sua preocupação com as operações israelitas, que parecem centrar-se em torno da travessia fechada de Rafah e não indicam uma invasão em larga escala da cidade. Além disso, a administração Biden apontou também que o uso de armas fornecidas pelos EUA por Israel pode ter violado a lei humanitária internacional durante a operação em Gaza, naquela que foi a crítica mais forte até à data por parte dos EUA.
Contudo, a administração não chegou a uma avaliação definitiva, mencionando que, devido ao caos da guerra, não foi possível verificar instâncias específicas em que o uso dessas armas poderia ter estado envolvido em alegadas violações.
O conflito foi desencadeado por um ataque liderado pelo Hamas no sul de Israel, resultando na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e no sequestro de mais de 250, segundo o governo israelita. A operação militar de Israel em Gaza, que visa eliminar o Hamas, já resultou na morte de cerca de 35 mil palestinianos, segundo o ministério da Saúde de Gaza.
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