Bolsas nos EUA batem máximos históricos à boleia da força do “touro”
Os três principais índices acionistas de Wall Street superaram recentemente os seus máximos históricos e continuam a subir à boleia das perspetivas otimistas dos investidores.
Os principais índices acionistas dos EUA bateram recentemente os seus máximos históricos. Exemplo disso é o Dow Jones Industrial Average (Dow 30), que esta quinta-feira, pela primeira vez em 128 anos de existência, superou a barreira dos 40 mil pontos.
As expectativas de cortes nas taxas de juro previstas pelos investidores para setembro, aliado ao entusiasmo em torno da inteligência artificial, têm dado força ao otimismo do mercado nas últimas sessões de bolsa em Wall Street, levando os vários índices a alcançarem, consecutivamente, novos máximos.
O feito alcançado pelo Dow 30 representa um marco significativo nos mercados, numa altura em que as ações norte-americanas atravessam uma tendência de subida (bull) que se iniciou em outubro de 2022 – apesar de uma ligeira retração em abril com os investidores a mostrarem-se preocupados com a política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).
Este ano, desde 1 de janeiro, o Dow 30 acumula uma valorização superior a 6%, enquanto o Nasdaq e o S&P 500 sobem 11% cada.
O Dow 30, que agrega as 30 maiores empresas industriais dos EUA, foi criado em 1896 por Charles Dow, editor do The Wall Street Journal e fundador do Dow Jones & Company, e é o mais antigo dos três principais índices de Wall Street.
Esta quinta-feira, o histórico índice acionista está a subir 0,2%, encontrando-se a negociar nos 40.051 pontos, como resposta à expectativa dos investidores de que, brevemente, a Reserva Federal (Fed) fará os primeiros cortes nas taxas de juro e de que as pressões inflacionistas continuem a minguar.
“O alcance dos 40.000 pontos é um testemunho das capacidades de formação de capital, inovação, crescimento dos lucros e resiliência económica”, afirmou John Lynch, diretor de investimentos da Comerica Wealth Management, à Bloomberg.
Além do Dow 30, também o S&P 500 está a ser empurrado pelo “Touro”, tendo atingido na quarta-feira um novo recorde, ao fechar acima dos 5.300 pontos pela primeira vez. Esta quinta-feira, o índice está a valorizar 0,1% na quinta-feira.
Também a acompanhar esta tendência segue o tecnológico Nasdaq Composite, estando atualmente a negociar com uma valorização de 0,1% para um máximo histórico de 16.767 pontos. Desde 8 de março que o Nasdaq Composite já fechou por 32 ocasiões acima do máximo histórico de 16.057 pontos que perdurava desde 19 de novembro de 2021.
Este ano, desde 1 de janeiro, o Dow 30 acumula uma valorização superior a 6%, enquanto o Nasdaq e o S&P 500 sobem 11% cada. A Walmart tem sido uma das grandes responsáveis por levar o Dow 30 para lá da barreira dos 40 mil pontos, estando esta quinta-feira a disparar 6% na bolsa de Nova Iorque, graças aos fortes resultados do primeiro trimestre fiscal. A maior retalhista do mundo regista uma valorização de 26% no acumulado do ano.
Destaque ainda para as ações da American Express e da Amazon.com (que se juntou ao Dow 30 no primeiro trimestre), que acumulam uma valorização de 29% e 22,4%, respetivamente, desde o início do ano.
Entre as três dezenas que constituem o Dow 30, apenas nove apresentam uma rendibilidade negativa desde a primeira sessão do ano. É disso exemplo as ações da Boeing e da Intel, as “lanternas vermelhas” do índice, que registam até à data perdas de 32% e 38%, respetivamente.
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