Modelo de análise do Politico prevê empate de eurodeputados entre AD e PS. Afasta comunistas de Estrasburgo
Análise do site de notícias europeu dá sete eurodeputados aos socialistas e outros tantos à coligação do PSD, CDS-PP e PPM. Chega, Livre e IL estreiam-se em Estrasburgo, CDU pode não eleger.
Embora não preveja as percentagens das intenções de voto em cada partido ou coligação que concorre às eleições europeias do próximo domingo, uma análise do influente Politico, baseada no seu modelo de sondagens “Poll of Polls”, prevê um empate em número de eurodeputados entre a Aliança Democrática (AD) e o Partido Socialista (PS), bem como a entrada do Chega, da Iniciativa Liberal e do Livre no Parlamento Europeu.
De acordo com o modelo elaborado pelo portal de notícias, a coligação de direita (que inclui o PSD, o CDS-PP e o PPM) e os socialistas conseguirão eleger sete eurodeputados cada. Ou seja, dois terços dos 21 lugares a que Portugal tem direito em Estrasburgo seriam distribuídos pelos dois maiores concorrentes. Face aos resultados de 2019, o PS perderia dois representantes, enquanto a coligação de direita manteria os sete da última eleição (seis do PSD e um do CDS-PP).
Os restantes 21 assentos nacionais no hemiciclo europeu (de um total de 720), segundo a mesma análise, poderão ser divididos entre o Chega, garantindo assim a entrada com a eleição de quatro eurodeputados; o Bloco de Esquerda, que consegue eleger a antiga líder Catarina Martins, perdendo um lugar face a 2019; e a Iniciativa Liberal e o Livre, cada um deles com um eurodeputado, assegurando a estreia destes partidos em Estrasburgo.
A análise do Politico não prevê a eleição de eurodeputados pela CDU, o que significa que a coligação entre os comunistas e os Verdes perderia os dois lugares que conquistou nas eleições europeias realizadas em 2019.
Assim, tendo em conta que as listas dos partidos em Portugal apresentam os nomes dos candidatos de forma hierarquizada, o Politico prevê que os 21 eurodeputados portugueses para a legislatura de 2024-2029 serão os seguintes:
- Sebastião Bugalho (AD)
- Paulo Cunha (AD)
- Ana Miguel Pedro (AD)
- Hélder Sousa Silva (AD)
- Lídia Pereira (AD)
- Sérgio Humberto (AD)
- Paulo Cabral (AD)
- Marta Temido (PS)
- Francisco Assis (PS)
- Ana Catarina Mendes (PS)
- Bruno Gonçalves (PS)
- André Franqueira Rodrigues (PS)
- Carla Tavares (PS)
- Isilda Gomes (PS)
- António Tânger Corrêa (Chega)
- Tiago Moreira de Sá (Chega)
- Mariana Nina (Chega)
- Francisco Almeida Leite (Chega)
- Catarina Martins (Bloco de Esquerda)
- João Cotrim de Figueiredo (Iniciativa Liberal)
- Francisco Paupério (Livre)
Extrema-direita alemã arrisca perder 2.º lugar
O partido de extrema-direita alemão Alternativa para a Alemanha (AfD) pode perder o segundo lugar nas eleições europeias, de acordo com algumas sondagens, depois dos sucessivos escândalos e de ter sido expulso do grupo europeu Identidade e Democracia (ID).
A AfD tem vindo a cair nas sondagens, de expressivos 20% em março para entre 14% a 17% agora. Um mau indicador para o partido que teme perder também as três eleições regionais que se celebram no outono deste ano, na Alemanha, e para as quais era o favorito.
Os líderes Alice Weidel e Tino Chrupalla, que assentam a campanha em temas de política interna, continuam a apostar nas críticas ferozes ao Governo de coligação: “o nosso país primeiro” é o slogan de campanha.
A AfD afastou o seu cabeça de lista, Maximilian Krah, a 22 de maio, proibindo qualquer aparição pública, após este declarar numa entrevista que era incorreto apelidar de “criminosos” todos os elementos da antiga organização paramilitar nazi SS (Schutzstaffel), o que levou à expulsão do partido do ID.
O número dois da lista de candidatos da AfD às eleições europeias de 9 de junho, Petr Bystron, está a ser alvo de investigações devido a ligações a redes pró-Rússia. Jian Guo, assessor de longa data de Krah, está sob custódia por suspeita de espionagem para a China.
A contribuir para a perda de apoio, está a classificação do partido, confirmada pelo tribunal, como caso suspeito de extremismo de direita. A condenação por vários crimes de três deputados da AfD que continuam no Parlamento, e as suspeitas que recaem em mais de uma dezena, também suscitaram indignação.
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