Marketing

“Ligação à música é sempre positiva”, dizem as marcas

Carla Borges Ferreira,

EY, Novobanco, Fidelidade e Control têm em comum o facto de patrocinar festivais de verão. Os objetivos, desafios e retorno do investimento em debate no Estúdio ECO.

Conversas +M - Marcas e Festivais de Música - 08JUL24
Rosália Amorim (EY), Paulo Vaz Tomé (Novobanco), Patrícia Nunes Coelho (Control), José Villa de Freitas (Fidelidade) e Carla Borges Ferreira (+M/ECO)Hugo Amaral/ECO

A ligação à música é sempre positiva. Ninguém diz ‘aquela marca está ligada à música, é mau’. Por isso mesmo é que as marcas se prendem aos festivais, não tem fator negativo, só pontos positivos“, resume José Villa de Freitas, marketing manager da Fidelidade, seguradora que adotou o território da música já há oito anos e que, atualmente, é patrocinadora do Nos Alive, do Paredes de Coura e também do Festival Termómetro.

A opinião é partilhada por Rosália Amorim, diretora de marca, marketing e comunicação da EY Portugal, Angola e Moçambique, por Paulo Vaz Tomé, diretor de comunicação e marca do Novobanco, e por Patrícia Nunes Coelho, diretora de marketing Ibéria da Control, responsáveis que no Estúdio ECO debateram a associação das marcas aos festivais de verão, espaços que reúnem grandes nomes da música, dezenas de milhares de pessoas e o interesse e cobertura dos media.

E se para a Fidelidade esta é uma associação já com oito anos, no caso de Novobanco falamos de um campo no qual entrou em 2023, como patrocinador do Nos Alive, e cuja presença será reforçada este ano. “O território da música é efetivamente um território com um enorme potencial para um banco como nós, e a marca Novobanco quer explorar este território o melhor possível e por isso estamos a fazer todo o esforço nesse sentido”, conta Paulo Vaz Tomé, que este ano colocou “um bocadinho mais de fichas neste território”.

O rejuvenescimento das marcas, que nestes eventos conseguem atingir novos públicos, é um dos objetivos perseguidos tanto pela Fidelidade como pelo Novobanco. Fornecedores, parceiros, colaboradores e futuros, são outros públicos aos quais as marcas pretendem chegar nestes momentos. “Uma consultora não tem que ser só uma empresa séria e com ar formal. Pode ser trendy, pode ser cool, e o Nos Alive mostra isso mesmo e é muito importante para, no fundo, captarmos talentos também para dentro da organização“, acrescenta Rosália Amorim.

Para a Control, que este ano já marcou presença também no Rock in Rio, os festivais de verão são por excelência “o território da emoção, da conectividade, no qual conseguimos partilhar os nossos valores, a nossa forma de estar“. Em simultâneo, acrescenta Patrícia Nunes Coelho, há a oferta de sampling. “Estamos numa situação em que os 55% de consumidores não utilizam preservativo, temos uma pandemia silenciosa das DST. Estar ali, dizer ‘atenção, utilizem, protejam-se’, é uma missão inerente à nossa marca“.

Há um ano, em entrevista ao +M, Álvaro Covões, diretor-geral da Everything Is New, promotora do Nos Alive, dizia que “as marcas, os patrocinadores, são o subsídio que garante bilhetes mais baratos” para os festivais, ajudando ainda a oferecer mais conteúdos sem aumentar o preço do bilhete ou a lotação do recinto.

A perspetiva das marcas, os objetivos, os desafios, a forma de ativação ou a medição de retorno é analisada agora por uma consultora, um banco, uma seguradora e uma marca de preservativos e brinquedos sexuais, que em comum têm o facto de patrocinar festivais de verão.

Veja aqui o o vídeo na íntegra.

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