Produção de petróleo em Angola sobe 4% este ano
A Oxford Economics reviu em alta a produção petrolífera de Angola em 2024, prevendo agora um aumento para 1,18 milhões de barris por dia, que deverá sustentar o crescimento do PIB de 2,9% este ano.
A consultora Oxford Economics reviu em alta a previsão de crescimento da produção de petróleo em Angola, antevendo que o segundo maior produtor da África subsaariana bombeie 1,18 milhões de barris diários, mais 4% que em 2023.
“Prevemos que a produção de petróleo em Angola aumente 4%, de 1,13 milhões de barris diários em 2023, para 1,18 milhões de barris por dia em 2024, e depois suba ligeiramente para 1,19 milhões de barris em 2025”, escrevem os analistas do departamento africano da consultora britânica.
Os analistas referem que apesar de ter sido um pouco mais baixa em agosto, “a produção acumulada nos primeiros oito meses do ano é consideravelmente maior que no período homólogo de 2023, e o esperado lançamento de um novo projeto no final deste ano pode dar ainda mais um impulso, compensando quaisquer perdas de produção devido a operação inesperadas de manutenção dos poços”.
Angola tem vindo a recuperar de forma estável, o que ajuda ao crescimento económico, que deverá melhorar este ano para 2,9%.
A produção de petróleo em Angola em agosto foi de 1,20 milhões de barris por dia, um pouco abaixo dos 1,22 milhões de barris bombeados diariamente em julho, segundo os dados da Agência Internacional da Energia.
Em ambos os casos, a produção está acima da meta do governo angolano, que aponta para 1,18 milhões de barris.
A Oxford Economics escreve ainda que depois das extensas operações de manutenção no primeiro trimestre do ano passado, que causaram uma quebra na produção, “Angola tem vindo a recuperar de forma estável, o que ajuda ao crescimento económico, que deverá melhorar este ano para 2,9%”.
O aumento da produção este ano surge na sequência da saída de Angola da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), no final de 2023, devido a uma discordância sobre o limite de produção que esta entidade pretendia impor a Angola.
“Sentimos que neste momento Angola não ganha nada mantendo-se na organização e, em defesa dos seus interesses, decidiu sair”, afirmou o ministro Diamantino Pedro Azevedo, no anúncio da decisão, a 21 de dezembro de 2023.
“Esta não foi uma decisão tomada assim de ânimo leve, nós nos últimos seis anos temos sido bastante ativos na organização, e assim chegou o momento porque o nosso papel na organização não era relevante”, justificou então.
A OPEP+ apresentou uma meta de 1,11 milhões barris por dia, enquanto Angola quer produzir mais 70 mil barris.
Segundo o responsável, durante a reunião de dezembro de 2023 da OPEP e dos produtores aliados, Angola reafirmou a sua posição, mas ao contrário da unanimidade que tem sido habitual, a OPEP decidiu uma quota na qual Angola não se revê, e o resultado foi, assim, a saída da organização.
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