Vendas da Ikea caem 1,4% em Portugal. Redução de preços custou 36 milhões de euros
Cadeia sueca reporta vendas de 602,7 milhões em Portugal, onde emprega 2.800 pessoas e vai abrir estúdios em Aveiro e Beja. Armazém logístico de Loures já abastece todo o e-commerce nacional.
A cadeia de mobiliário e decoração Ikea faturou 602,7 milhões de euros em Portugal no último exercício fiscal, terminado a 31 de agosto, 1,4% abaixo dos 611 milhões registados no período homólogo. A empresa de origem sueca, que emprega cerca de 2.800 pessoas no país, estima em 36 milhões de euros aquele que diz ter sido “o maior investimento em redução de preços da sua história”.
“Este ano fiscal foi um período de forte investimento em reduzir preços e em nos tornarmos cada vez mais omni [canal], para que, independentemente dos canais que o cliente escolha para aceder aos produtos e serviços, possa ter a melhor experiência. Os resultados mostram que estamos no caminho certo e que ainda temos muito para melhorar”, afirma Laia Andreu, country retail manager da Ikea Portugal.
A empresa detida pelo Grupo Ingka destaca a abertura de quatro Estúdios de Planificação e Encomenda durante este ano – em Lisboa, Funchal, Viseu e Évora –, passando a ter 13 espaços neste formato. Até ao final deste ano, acrescenta em comunicado, vai inaugurar outros dois estúdios, em Aveiro e em Beja.
Presente em Portugal desde 2004, a Ikea soma cinco lojas no país – Alfragide, Loures, Loulé, Matosinhos e Braga –, que recebem cerca de 13,8 milhões de visitas por ano. Além dos atuais 13 estúdios de planificação – Almada, Cascais, Coimbra, Évora, Funchal, Lagos, Leiria, Lisboa, Seixal, Setúbal, Sintra, Vila Nova de Gaia e Viseu –, tem vários pontos de recolha de encomendas e uma plataforma de venda online.
Outra das novidades é que, desde o verão, todas as encomendas online são preparadas diretamente nas lojas da marca em Portugal, sem qualquer ligação ao armazém logístico de Espanha. A empresa relata que a infraestrutura logística em Loures, em que investiu 37 milhões de euros nos últimos três anos, já abastece atualmente todo o e-commerce para o mercado nacional e apoia o disparo registado nas vendas remotas: pesam agora 22% do total, o que compara com 4% há cinco anos.
“Sabíamos que o ano fiscal de 2024 seria um grande desafio para nós e que o esforço para poder passar a assegurar as encomendas online todas a partir de Portugal iria requerer uma enorme capacidade de adaptação e resiliência das nossas equipas. Conseguir chegar a mais pessoas em Portugal é a prova de que a nossa estratégia e investimento estavam certos e de que nos estamos a preparar para o crescimento futuro”, aponta, citado na mesma nota, Stefan Hofer, country customer fulfilment manager da Ikea Portugal.
Aumento nos salários e entregas “elétricas”
No plano laboral, a Ikea Portugal calcula ter investido perto de 5 milhões de euros em atualizações de salários e benefícios aos colaboradores durante o ano fiscal de 2024, no qual 270 colaboradores integraram os programas de desenvolvimento da empresa. Mais de metade (53%) dos líderes da empresa são mulheres, com a empresa a atingir no país a meta de 2% de colaboradores com deficiência, dos quais 91% com contratos permanentes.
Finalmente, na componente da sustentabilidade, a multinacional sueca assegura que desde 2016 conseguiu reduzir em 85% a pegada carbónica dos seus edifícios no país, em valor absoluto, apesar do crescimento do negócio. Em Portugal, 65,3% das entregas dos produtos Ikea são realizadas por veículos elétricos, o que equivale a um aumento superior a 8% em comparação com o ano fiscal anterior e de mais de 47% face ao período homólogo de 2022.
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