“A palavra de ordem em 2025 é investimento, investimento, investimento”, diz Montenegro

Em entrevista ao DN, Luís Montenegro defendeu que é "um pouco insólito prever deficit de 0,1%. Se tivéssemos com problema de deficit de 0,1%, qualquer governo resolve isso em dois tempos".

“Do meu ponto de vista e do governo, o esforço principal tem de ser o de estimular o investimento e o de atrair investimento direto estrangeiro. São duas faces da mesma moeda. Temos o investimento público numa boa trajetória, mas estamos vinculados a prazos muito apertados”: As palavras são do primeiro-ministro Luís Montenegro que, em entrevista ao Diário de Notícias, promete uma recuperação “nos próximos dois anos” de “muito do investimento que se perdeu nos últimos oito. Agora, investir é a palavra de ordem. É a palavra de ordem para quem está cá e a palavra de ordem para quem nos olha de fora”.

E como? Montenegro explica dizendo que, “para quem está cá, dando condições como desagravamento fiscal, simplificação de licenciamentos e de processos administrativos, facilidade de contratação e regulação da captação de recursos humanos do exterior”.

Por outro lado, diz o líder do Executivo, “para quem vê de fora, o que é que nós temos? Temos boas condições de investimento, incentivos ao investimento, políticas de capitalização das empresas, políticas de valorização salarial, que implicam em si mesmo aumento da produtividade, o aproveitamento das nossas condições do ponto de vista da formação, do ponto de vista do conhecimento científico, do ponto de vista tecnológico, o apetrechamento das empresas com parcerias, estratégicas com o exterior, e depois é aqui que entronca também a questão da segurança como ativo económico”.

Na mesma entrevista, falou ainda do desagravamento fiscal, assumindo que é “insólito” prever deficit de 0,1%”. Acrescentando que “se tivéssemos com problema de deficit de 0,1%, qualquer governo resolve isso em dois tempos. Nem sequer é problema, honestamente. Mas no final do próximo ano, quando conversarmos eventualmente, podemos tirar as teimas entre a posição do governo e a do governador do Banco de Portugal”.

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