Porto de Sines e Autoridade Portuária da Namíbia apostam em corredor logístico

  • Lusa
  • 17:44

O memorando tem como objetivo “potenciar o relacionamento comercial e institucional entre Portugal e a Namíbia, reforçando o posicionamento” dos dois países enquanto “hubs energéticos estratégicos".

A Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) e a Autoridade Portuária da Namíbia (Namport) estabeleceram uma parceria para desenvolver um corretor logístico assente na sustentabilidade energética, ambiental e digital, foi divulgado esta quinta-feira.

De acordo com a APS, em comunicado, esta parceria resulta de um memorando de entendimento que foi assinado com a Autoridade Portuária da Namíbia (Namport), no continente africano, por um período de cinco anos.

O memorando tem como objetivo “potenciar o relacionamento comercial e institucional entre Portugal e a Namíbia, reforçando o posicionamento” destes dois países enquanto “hubs energéticos estratégicos”, explicou. Esta parceria, que surge no âmbito da Global Gateway, irá igualmente contribuir “para a sustentabilidade do comércio global”.

A Global Gateway é uma iniciativa da Comissão Europeia “que disponibiliza 300 mil milhões de euros para investimento em corredores verdes, promovendo ligações sustentáveis, ao nível energético, ambiental e digital”, lê-se no comunicado.

Segundo a administração portuária, no âmbito deste projeto, o Porto de Sines, no distrito de Setúbal, “posiciona-se como um hub logístico europeu, tendo em conta as suas características naturais e localização geoestratégica”.

Por seu lado, a Namíbia destaca-se “pelo seu potencial ao nível de produção de energia limpa e recursos naturais, tendo com objetivo assumir a liderança no que diz respeito à produção de H2 [hidrogénio] verde”, acrescentou.

Para tal, os portos de Walvis Bay e Lüderitz, na Namíbia, “desempenham um papel estratégico” no desenvolvimento desta parceria, “tendo em conta os fluxos de exportação”.

Na mesma nota, a APS referiu que a parceria “afigura-se como determinante para o desenvolvimento de um hub Atlântico, promovendo o estabelecimento de um corredor logístico para a movimentação de matérias-primas críticas, combustíveis sintéticos, H2 Verde e carriers [transportadores] associados”.

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