Famílias Martinavarro e Ballester vendem terrenos no Alentejo
Grupo ibérico Bolschare Agriculture, com sede na Eurocidade Elvas-Badajoz-Campo Maior, fica a gerir as propriedades em Beja.
O grupo espanhol Agrihold, das famílias Martinavarro e Ballester, vendeu um terreno com uma área de 700 hectares no Alentejo, onde se localiza a Herdade da Zambujeira, a um investidor internacional. Os ibéricos da Bolschare Agricultura arrendaram os ativos em Beja e vão ficar com a gestão a partir de agora.
A operação envolveu a venda de uma entidade legal espanhola, que por sua vez detém a sociedade portuguesa Valenciagro e outros ativos em Portugal, com uma superfície total de 700 hectares de plantação de tangerinas, amendoal e olival.
“A continuidade do projeto a longo prazo é mantida, incluindo a empregabilidade de todos os funcionários atuais, com a venda da empresa a um investidor internacional e do subsequente arrendamento à Bolschare Agriculture, um parceiro local deste investidor na região e o mais importante operador agrícola do sul da Europa”, garantem os assessores imobiliários.
O negócio, cujo valor não foi publicado, dá por terminado o projeto agrícola da família Martinavarro em Portugal, que iniciou com outros acionistas em 2000. Os Martinavarro são fundadores da Citri&CO, que faz produção de citrinos, melão, melancia e fruta de caroço na Europa.
“Após mais de 20 anos desde o início deste projeto agrícola, atingimos um ponto de maturidade que nos permitiu tomar a decisão estratégica de alienar os nossos ativos em Portugal para nos concentrarmos em outros projetos que estamos a lançar na Península Ibérica”, explicou o diretor geral da Citri&Co e acionista da Marmoagro, José Luis Martinavarro Ferrer.
O CEO da Bolschare considera que a Herdade da Zambujeira “é um ativo agrícola excecional”, portanto merecedor que a operação tenha continuidade. “O nosso compromisso com a sustentabilidade e práticas agrícolas eficientes continuará a ser um pilar fundamental neste projeto a longo prazo”, acrescentou Pedro Foles.
Entre os advisors jurídicos e financeiros estiveram ainda os escritórios de advogados Garrigues (grupo Agrihold), PLMJ, Baker McKenzie e consultora KPMG (ao lado do investidor). Segundo a equipa de assessoria da CBRE, liderada pelo diretor de Agribusiness [Agronegócio] para o sul da Europa, Manuel Albuquerque, a promotora conseguiu “maximizar o valor dos ativos num ambiente de mercado desafiante, mantendo a sustentabilidade e a eficiência operacional como fatores chave”.
A CBRE garante que, nos últimos anos, o sector agrícola ibérico profissionalizou-se ao ponto de facilitar a entrada de investidores institucionais devido aos rendimentos atrativos e à possibilidade de desenvolvimento de carteiras diversificadas, o que minimiza a volatilidade e reduz a relação risco/rendimento das mesmas.
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