Lucro da SAD do FC Porto afunda para 334 mil euros no último semestre
Os azuis e brancos explicam a redução significativa com uma "época 2024/2025 atípica em que o FC Porto não participou na Liga dos Campeões".
A SAD do Futebol Clube do Porto terminou o último semestre de 2024 com lucros de 334 mil euros, um valor muito inferior aos 35,366 milhões de euros registados em período homólogo.
“Uma época 2024/2025 atípica em que o FC Porto não participou na Liga dos Campeões“, que se traduz numa redução de receitas com competições europeias na ordem dos 40 milhões, explicam os azuis e brancos no documento publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A SAD recorda que, nas últimas 10 épocas, o FC Porto apenas não participou uma vez na Liga dos Campeões, na época 2019/2020, “sendo que no primeiro semestre desse ano apresentou um resultado líquido negativo” de cerca de 51,853 milhões de euros.
A pesar também nos resultados líquidos esteve a “redução do resultado de transações com passes de jogadores”, de cerca de 12 milhões de euros, “dada a venda muito expressiva do passe do jogador Otávio concretizada no período homólogo de 2023/2024”.
O clube destaca ainda uma “melhoria substancial” dos capitais próprios, face a 30 de junho de 2024. Isto porque o capital próprio da SAD recuperou cerca de 66,4 milhões de euros, atingindo o valor negativo de 47,360 milhões em 31 de dezembro.
Esta recuperação deve-se “essencialmente, à alienação de 18,5% das ações da Porto StadCo, correspondentes a 30% dos direitos económicos desta sociedade”, por 65 milhões de euros, valor que pode atingir um máximo de 100 milhões.
Já a dívida financeira líquida do grupo cifrou-se em quase 251 milhões de euros, numa subida de perto de sete milhões em relação ao valor apresentado a 30 de junho, apesar das emissões obrigacionistas de 115 milhões e de 21 milhões.
“Com esta reestruturação financeira, o Grupo conseguiu um aumento da maturidade média da dívida e uma redução do custo médio de financiamento, permitindo-lhe ainda reduzir o restante passivo, nomeadamente a fornecedores”, num total de 49,705 milhões, lê-se no documento enviado à CMVM.
Em termos de bilhética, as receitas – que englobam a comercialização dos lugares anuais e dos bilhetes vendidos jogo a jogo – subiram 1,965 milhões, ou seja 33%, relativamente ao período homólogo, para os 7,8 milhões de euros.
Já os proveitos com transações de passes de jogadores, onde se incluem transferências definitivas, empréstimos e outras receitas como direitos de solidariedade relativos a jogadores que fizeram parte da sua formação no clube, ascendem aos 51,139 milhões de euros.
Para este valor contribuíram essencialmente as vendas de Evanilson para o Bournemouth, por 37 milhões de euros, e de Toni Martínez para o Deportivo Alavés, por dois milhões, assim como o empréstimo de Francisco Conceição para a Juventus.
Além disso, são ainda considerados os 11 milhões da venda de David Carmo ao Nottingham Forest, “ainda que a menos valia apurada tenha sido contabilizada, como perda por imparidade, no exercício 2023/2024, tal como determinam as regras contabilísticas”, ressalvam os dragões.
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