Estudo defende plano de ação de 5 mil milhões para modernizar setor da construção
Estudo da EY Parthenon afirma que o setor tem de se reinventar, apostando mais na inovação e internacionalização. Defende também uma renovação da força de trabalho, chegando a 50% de jovens até 2030.
Um estudo da consultora EY Parthenon, realizado para a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), propõe um plano de ação composto por 20 projetos e um investimento de 5.366 milhões de euros ao longo de 10 anos para modernizar o setor.
Apresentado durante a conferência “Portugal 2030 Futuro Estratégico para o setor da Construção”, organizada pela AICCOPN, o plano traça “uma visão transformadora” do setor, assente em quatro desígnios estratégicos: o reforço do investimento em habitação e infraestruturas, a valorização das empresas da cadeia de valor da construção, o aumento da eficiência de mercado e a intensificação da internacionalização.
Alinha também quatro objetivos estratégicos com metas mensuráveis até 2030. São eles o crescimento sustentado do setor, a um ritmo anual real entre 3% e 5%; a produtividade e rentabilidade, conseguindo um aumento de 43% na produtividade aparente do trabalho; a sustentabilidade ambiental e social, atingindo 100% de certificação energética superior; e a atratividade e reputação setorial, com uma proporção de 15% de mulheres e 50% dos jovens.
Para atingir estas metas, a EY Parthenon propõe um plano de ação composto por 20 projetos estruturantes, associados a um investimento de 5.366 milhões de euros, em torno de vários eixos de intervenção como a inovação, a qualificação, a atração e retenção de talento, a internacionalização, a concertação estratégica e o financiamento.
“Estes vetores constituem a base sobre a qual devemos construir um crescimento sustentável, promovendo empresas mais competitivas, eficientes e preparadas para o futuro”, afirmou Manuel Reis Campos, presidente da AICCOPN.
Segundo os dados disponibilizados no estudo, o setor da construção é composto por 132 mil empresas, com grande predominância de pequenas e micro empresas, e emprega 460 mil trabalhadores, tem níveis de produtividade inferiores a outros setores e à média da União Europeia e tem uma “baixa orientação para a inovação”.
Carlos Mota Santos, CEO da Mota-Engil, salientou durante a conferência a importância de “ganhar dimensão no setor”. “As empresas têm de aproveitar esta onda de investimento público para duas coisas: terem um balanço mais saudável e serem capazes de enfrentar o desafio da Internacionalização“, defendeu, acrescentando que o setor deve “ganhar escala” através de movimentos de fusão.
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