“Eu gosto de ganhar dinheiro, mas às vezes parece que é crime”
Celso Lascasas, fundador da Laskasas, é o 17.º convidado do podcast E Se Corre Bem? Descubra a sua trajetória, de aprendiz de marceneiro a empresário de sucesso.
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Celso Lascasas, o fundador da marca portuguesa de mobiliário Laskasas, começou a trabalhar como aprendiz de marceneiro aos 14 anos com um tio, depois de ter deixado de estudar. Desde cedo, tinha um objetivo claro: “Eu quando era puto, nos meus 14, 15 anos, dizia aos meus colegas de trabalho que queria ser rico”. Por volta dessa altura, decidiu deixar a escola e afirmou para si mesmo: “Não quero depender de ninguém, nem estar sempre a pedir dinheiro”.Este espírito independente e ambicioso levou-o a construir uma marca que hoje emprega 500 pessoas e fechará 2024 com um volume de negócios de cerca de 40 milhões de euros.
Celso Lascasas encontrou na marcenaria uma paixão e, ao mesmo tempo, um desafio. “Eu dou-me muito bem com o meu tio, que foi um professor para mim. Foi ele que me ensinou a arte. Mas ia muitas vezes para a casa de banho chorar, porque havia situações que passavam a linha do razoável”. Ainda assim, nunca perdeu o foco. “Sempre quis ter algo meu”. E, aos 29 anos, fundou a Laskasas, começando com uma pequena loja em Ermesinde. Durante um ano e meio, não obteve qualquer salário, reinvestindo tudo na empresa.
"Conheço muitos que só pegam no Mercedes ao domingo para ir almoçar, porque os trabalhadores não podem saber. Eu acho que isso é um pensamento de pobre. Mas porque é que não pode? Só se não cumprir”
O crescimento foi constante. Primeiro, expandiu-se no norte do país e, depois, para Lisboa. Quando tomou esta decisão disse que ia “exportar para Lisboa”, por achar que a capital tinha um potencial diferente do resto do país.
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Celso Lascasas, presidente do Grupo LasKasas é o 17º convidado do podcast E Se Corre Bem? -
“Eu quando era puto, nos meus 14, 15 anos, dizia aos meus colegas de trabalho que queria ser rico” -
"Eu gosto de ganhar dinheiro, mas às vezes parece que é crime" -
“Não tenho nada a esconder. Eu fiz acontecer e tenho moral” -
“Conheço muitos que só pegam no Mercedes ao domingo para ir almoçar, porque os trabalhadores não podem saber. Eu acho que isso é um pensamento de pobre. Mas porque é que não pode? Só se não cumprir”
A abertura da loja em Alfragide foi um risco calculado. “Foi um passo maior do que a perna. A renda desta loja era superior às quatro que eu tinha”, explica. Mas a estratégia revelou-se acertada. “Posso dizer que se essa loja não tivesse funcionado, eu teria caído”. Hoje, das 12 lojas que a marca tem em Portugal, as três na Grande Lisboa – Estoril, Rua Castilho e Alfragide – chegam a faturar mais do que todas as outras juntas.
A cultura empresarial em Portugal também não lhe passa despercebida. “Eu gosto de ganhar dinheiro, mas às vezes parece que é crime”, diz. Sobre o facto de não esconder o seu sucesso, o empresário é claro: “Não tenho nada a esconder. Eu fiz acontecer e tenho moral”. Acredita que muitos empresários receiam exibir conquistas por medo do julgamento. “Conheço muitos que só pegam no Mercedes ao domingo para ir almoçar, porque os trabalhadores não podem saber. Eu acho que isso é um pensamento de pobre. Mas porque é que não pode? Só se não cumprir”, explica.
Olhando para o futuro, tem uma meta clara que passa por reformar-se aos 55 anos. Mas não acredita no equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. “Se tu quiseres ter sucesso tem que haver desequilíbrio”. Afinal, foi esse desequilíbrio que, de certa forma, o trouxe até aqui.
Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.
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“Eu gosto de ganhar dinheiro, mas às vezes parece que é crime”
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