Alargamento da ferrovia implica demolição de 87 edificações em Contumil, Rio Tinto e Ermesinde

  • Lusa
  • 18:17

O projeto de execução do alargamento da ferrovia entre Contumil e Ermesinde implica a demolição de 87 edificações, das quais cerca de 15 habitações em condições de habitabilidade.

O projeto de execução do alargamento da ferrovia entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo), consultado pela Lusa, confirma que terão de ser demolidas 87 edificações, das quais cerca de 15 habitações junto a Contumil, Rio Tinto e Ermesinde. Ao todo, de acordo com a listagem das edificações a demolir, consultada pela Lusa, está prevista a demolição de 87 infraestruturas.

De acordo com o relatório detalhado do edificado a demolir, consultado pela Lusa, pelas fotografias e descrições apresentadas cerca de 15 casas estarão em condições de habitabilidade, mas nem todas atualmente habitadas.

Em causa está a duplicação de duas para quatro vias da Linha do Minho entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo), no distrito do Porto, que vai permitir separar o tráfego das linhas do Douro e Minho a sul de Ermesinde, aumentando a capacidade ferroviária a norte do rio Douro e a fiabilidade dos serviços.

O projeto inclui ainda a beneficiação do apeadeiro de Águas Santas/Palmilheira e da estação de Rio Tinto, ligando-a através de uma alameda pedonal e parque de estacionamento até à estação de Campainha do Metro do Porto. O concurso público para executar a empreitada foi lançado na quarta-feira e tem o valor de 150 milhões de euros.

A zona próxima a Contumil é “constituída por um aglomerado de habitações, alguns anexos existentes nos logradouros e uns anexos de apoio a trabalhos agrícolas/abrigos para animais”.

As estruturas a demolir são sobretudo anexos (alguns habitáveis) e garagens de habitações da rua da Ranha, no Porto, junto à Circunvalação, apesar de se prever a demolição de pelo menos uma habitação completa, correspondente ao o número de porta 190. Na chegada a Rio Tinto (concelho de Gondomar), a zona é “constituída maioritariamente por um aglomerado de edificações com funções industriais e algumas habitações” a demolir.

Em causa estão sobretudo armazéns industriais, com destaque para um conjunto de sete armazéns geminados que serão demolidos para permitir a construção de uma via para o comboio, estando ainda prevista a demolição de uma habitação devoluta.

Já a norte da estação de Rio Tinto, que será também ampliada de duas para quatro linhas, encontra-se uma zona “constituída por um aglomerado de habitações e alguns anexos existentes nos logradouros”, dos quais cerca de uma dezena de casas em estado habitável serão demolidas.

Em causa estão edifícios na Rua e Travessa Padre Joaquim das Neves, bem como instalações já próximas da Rua do Caneiro e passagem de nível homónima, que será suprimida e substituída por uma passagem inferior rodoviária. Todas as passagens de nível serão suprimidas e substituídas por passagens inferiores ou superiores.

Será também demolida uma habitação junto ao Complexo Fernando Pedrosa, ainda em Rio Tinto.

Já perto de Águas Santas (Maia), em causa está “um pequeno número de habitações e uma oficina de automóveis e uma garagem na zona do apeadeiro”, envolvendo também anexos, construções em mau estado de conservação e as casas nos números 72 e 201 da Travessa João de Deus, já em Ermesinde (Valongo).

O Estudo de Impacto Ambiental da obra, noticiado em 2023 pela Lusa, referia que em causa estavam 88 edifícios e 21 casas habitadas.

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