Consultora PwC sai da África francófona. Lusofonia mantém-se

Em causa está uma revisão estratégica. A operação portuguesa, que inclui os negócios em Angola, Moçambique e Cabo Verde, não é afetada por esta saída, confirmou ao ECO a empresa.

A consultora PwC está a fazer uma revisão estratégia e decidiu deixar de operar em cerca de uma dezena de países da África francófona, por considerar que a operação nesses países é demasiado pequena, arriscada ou não rentável e para evitar a repetição de escândalos. A operação portuguesa, que inclui os negócios em Angola, Moçambique e Cabo Verde, não é afetada por esta saída, confirmou ao ECO a empresa.

Do lado da operação portuguesa, não há qualquer impacto. Ou seja, continuamos com presença em Cabo Verde, Angola e Moçambique”, adiantou fonte oficial da PwC.

A mudança abrange as empresas PwC na Costa do Marfim, em Gabão, Camarões, República Democrática do Congo (RDC), República do Congo (Congo), Madagáscar, República da Guiné, Senegal e Guiné Equatorial, que compõem o grupo de filiais na África subsaariana francófona.

As nove subsidiárias do grupo de auditoria e consultoria nesta região “separaram-se e deixarão de fazer parte da rede PwC”. “A PwC Network manterá uma forte presença em África e tem planos de continuidade de serviços em vigor para os nossos clientes de outros escritórios da PwC na região, conforme aplicável”, informou a multinacional, num comunicado publicado online.

Em causa estão preocupações com a reputação dentro da Big Four, inclusive que estas empresas não tivessem escala e capacidade para fazer os investimentos necessários em sistemas de compliance (conformidade), de acordo com o jornal Financial Times.

Os líderes globais consideram que a operação nesses países é demasiado pequena, arriscada ou não rentável e pretende evitar a repetição de escândalos em que a empresa esteve envolvida, embora os dirigentes locais lamentem ter perdido mais de um terço dos seus negócios nos últimos anos devido à pressão dos executivos da casa-mãe para pararem de dar resposta clientes de risco.

As negociações para a saída terão começado ainda no ano passado. Poucos meses depois do desmembramento das sedes no Zimbabué, Malawi e Fiji, a separação nesta zona africana materializou-se.

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