João Zilhão: “Todos os dias se fazem negócios. Nas mesas, no jogo, de prato na mão no buffet”

De apanha-bolas a diretor do Estoril Open, João Zilhão construiu uma carreira no ténis com paixão e resiliência. Esta é a história por trás do torneio.

João Zilhão começou a jogar ténis aos três anos, com o pai. “Fomos dez vezes campeões nacionais de pais e filhos, representámos Portugal nos campeonatos do mundo de pais e filhos, onde estavam craques mundiais incríveis”, recorda. Cresceu num campo de ténis improvisado no jardim da avó, em Carcavelos, e foi aí que nasceu a paixão. Em 1990, o Estoril Open aconteceu pela primeira vez no Jamor, e João Zilhão concorreu para ser apanha-bolas. “Foi uma experiência fantástica e única.”

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O percurso foi sendo construído degrau a degrau: “Vários anos de apanha-bolas, depois fui juiz de linha, depois tradutor de conferências de imprensa, depois fui assistente do diretor de torneio do João Lagos.” Na João Lagos Sport foi produtor de grandes eventos como o Tennis Masters Cup. Mais tarde, trabalhou com uma empresa alemã, em golf e padel.

Licenciado em Direito, reconhece que a formação é uma mais-valia no dia a dia. “O meu dia-a-dia é contratos e o direito é-me muito útil.” Mas é no desporto que vibra: “Tenho um saco de raquetes com metade são raquetes de ténis e outra metade são raquetes de padel. Adoro jogar padel. Jogo todas as semanas.

"Nós nunca desistimos. Vem do ténis, de ter jogado competição. Cada bola? Mesmo quando estás match point contra… tens oportunidade”

João Zilhão, diretor do Estoril Open

Hoje, à frente do Estoril Open, garante que o evento vai muito além do desporto. “Não é só ver bons jogadores. É ter música, é ter arte, é ter gastronomia, é ter bons vinhos, é ter bons cocktails.” O objetivo? Criar uma experiência memorável: “A pessoa tem que sair de lá contente, alegre com a experiência.”

Os números confirmam o impacto: o valor global de patrocínios do ano passado chegou aos 108 milhões de euros e o impacto económico em Portugal rondou os 50 milhões. Para João Zilhão, o sucesso do evento também se deve à relação com os media e parceiros: “Temos uma família de sponsors e de media partners importantes que dão relevância ao projeto ao longo de muitos meses.

O networking acontece em todo o lado, até à volta do buffet: “Todos os dias se fazem negócios. Nas mesas, no jogo, de prato na mão no buffet… Já me aconteceu a mim. Apanhar a pessoa A, B, C ou D ali, de repente, a escolher a comida. As pessoas têm que se levantar para ir servir. E a pessoa de repente tem ao lado, ‘ah, estás bom?’, trocas o cartão e de repente lanças ali uma primeira semente de uma relação.

A resiliência vem do ténis. “Nós nunca desistimos. Vem do ténis, de ter jogado competição. Cada bola? Mesmo quando estás match point contra… tens oportunidade.” Essa garra continua a guiá-lo, inclusive nos sonhos por concretizar. “Numa entrevista, perguntaram-me o que é que gostava de ser aos 50. E eu disse: CEO do ATP. Podia ser interessante um dia.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

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