Bruxelas vai investigar apagão na Península Ibérica

"A situação energética em Espanha e Portugal voltou ao normal. Este incidente é o mais grave das últimas duas décadas na Europa", referiu o comissário europeu com a pasta da Energia.

A Comissão Europeia informou esta terça-feira que está a postos para iniciar uma investigação ao apagão na Península Ibérica de ontem. O comissário europeu da Energia garantiu esta terça-feira que a instituição europeia está disponível para auxiliar os dois Estados-membros afetados pela situação que deixou os países às escuras.

“A situação energética em Espanha e Portugal voltou ao normal. Este incidente é o mais grave das últimas duas décadas na Europa. Estamos prontos para apoiar Espanha e Portugal de todas as formas possíveis. Inclusive iniciar uma investigação minuciosa”, escreveu Dan Jørgensen na rede social X (antigo Twitter).

O responsável pela pasta da Energia na Comissão Europeia não apresentou mais detalhes sobre o tema nesta publicação online, além de reforçar a disponibilidade para apoio, como fez ontem quando os sistemas ainda estavam a ser repostos. “A energia já está de volta em algumas regiões. Os operadores de rede e a ENTSOE [Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade] fazem todo o possível no terreno. A solidariedade e a unidade são fundamentais para a nossa #União de Energia”, escreveu Dan Jørgensen.

O nível de gravidade do incidente de eletricidade ainda não foi formalmente classificado, mas fontes ouvidas pela agência espanhola Efe indicam que, dadas as consequências ao nível nas infraestruturas, empresas e consumidores, será o máximo. Logo, a Comissão Europeia irá elaborar um relatório independente, cuja primeira versão técnica deverá estar pronta daqui a seis meses e a seguinte (estudo sobre o apagão e recomendações oficiais) fica pronto apenas em setembro de 2026, conforme prevê a legislação europeia para apagões de nível 3 numa escala de 1 a 3.

Paralelamente, está a decorrer uma investigação preliminar em Espanha para apurar se o apagão desta segunda-feira pode ter sido um ciberataque às infraestruturas críticas do país vizinho, o epicentro da falha. O anúncio foi feito pelo juiz José Luis Calama, do Tribunal Nacional espanhol, embora nada indique que houve um incidente cibernético.

“Com as análises que pudemos realizar até agora, podemos descartar um incidente de cibersegurança nas instalações da Red Elétrica”, disse ontem o diretor de operações da Red Elétrica de Espanha (REE), Eduardo Prieto, em conferência de imprensa a partir de Madrid. A REE é a empresa responsável pela gestão da rede elétrica de Espanha.

O apagão ibérico começou às 11h30 e gerou uma série de constrangimentos nos dois países, entre os quais corte de comunicações móveis e de Internet, aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e trânsito nas grandes cidades devido à ausência de semáforos e deslocações de última hora, falta de combustíveis e de stock nas prateleiras dos supermercados, que acabaram por encerrar portas, bem como estabelecimentos de saúde privados, que estiveram de portas fechadas excecionalmente durante a tarde.

Notícia atualizada

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