Portugal procura financiamento de 1.250 milhões com emissão de dívida a dez e 29 anos
O IGCP volta ao mercado na quarta-feira com dois leilões de Obrigações do Tesouro a dez e 29 anos, devendo pagar cerca de 3,03% na linha com maturidade em 2035 e de 3,81% na linha de mais longo prazo.
O Estado prepara-se para regressar aos mercados de dívida na próxima quarta-feira com dois leilões de Obrigações do Tesouro que incluem uma emissão a dez e 29 anos, com o intuito de angariar entre 1.000 milhões de 1.250 milhões de euros.
Segundo o comunicado do IGCP, os leilões irão decorrer como habitualmente pelas 10h30 horas, com os títulos colocados no mercado a apresentaram datas de vencimento a 12 de outubro de 2035 e 12 de junho de 2054.
Atualmente, a linha a dez anos negoceia com uma yield de 3,034% e apresenta um saldo-vivo de 7,18 mil milhões de euros. A última vez que Portugal recorreu a esta linha para se financiar foi a 12 de março, que resultou numa yield de 3,381%, numa procura de quase duas vezes acima da oferta e no financiamento de 563 milhões de euros.
A linha com vencimento a 12 de junho de 2054, que foi colocada no mercado a 22 de maio através de uma operação sindicada, negoceia com uma taxa média ponderada de 3,81% e apresenta um saldo-vivo de 3 mil milhões de euros.
Esta operação enquadra-se na estratégia de financiamento para 2025, que prevê necessidades líquidas de 18 mil milhões de euros, segundo o Programa de Financiamento da República Portuguesa para 2025. O IGCP mantém o objetivo de emitir 20,5 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro ao longo do ano, tendo já executado 33% desta meta até março.
A escolha de maturidades que se estendem até 2054 reflete a estratégia de diversificação temporal da dívida portuguesa, aproveitando o atual cenário de rating no patamar A por todas as principais agências internacionais. Esta classificação permitiu o regresso das obrigações portuguesas ao índice FTSE Russell World Government Bond Index após 12 anos de ausência.
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