Quase metade do Governo sai do Parlamento e entram 26 deputados. Veja quem são
Dos 60 ministros e secretários de Estado do Executivo da AD, 43% foram escolhidos nas urnas e serão substituídos por outros tantos não eleitos, que, assim, conseguem alcançar um lugar no Parlamento.
Quase metade do Governo de Luís Montenegro é constituído por deputados eleitos nas legislativas antecipadas de 18 de maio. Dos 60 ministros e secretários de Estado, 26 ou 43% saem do hemiciclo para assumirem funções governativas. Como consequência, serão substituídos, na Assembleia da República, por outros tantos 26 elementos não eleitos que constavam das listas da AD – coligação PSD/CDS e que, desta forma, conseguem alcançar um lugar no Parlamento.
No que diz respeito ao núcleo do Executivo, 12 dos 17 ministros, incluindo o primeiro-ministro, o que corresponde a 76,5% total, abandonam a cadeira parlamentar para comandar os destinos do país nos próximos quatro anos. O chefe do Executivo, Luís Montenegro, já empossado, era cabeça de lista por Aveiro. O lugar que deixa vago será ocupado por Paulo Cavaleiro, que já era deputado na anterior legislatura.
Rita Alarcão Júdice, ministra da Justiça, foi a primeira eleita pelo círculo de Coimbra e será substituída por Martim Syder. A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, deixa o banco do hemiciclo pelo distrito de Faro para Miguel Santos e a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, sai e entrega a pasta de deputada a Célia Freire, pelo círculo de Leiria.
Pelo distrito de Lisboa, Joaquim Miranda Sarmento sobe a ministro das Finanças e Miguel Pinto Luz a ministro das Infraestruturas e da Habitação e cedem o lugar a Gonçalo Lage e Eva Pinho, respetivamente. No Porto, saem Paulo Rangel para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Nuno Melo para o Ministério da Defesa e Carlos Abreu Amorim para os Assuntos Parlamentares e entram Gonçalo Capitão, João Almeida e Ana Isabel Ferreira, respetivamente.
O ministro da Educação, Fernando Alexandre, foi o primeiro eleito por Santarém, cadeira que será agora alcançada por Inês Barroso. Ana Paula Martins também abandona o banco do Parlamento, pelo círculo de Vila Real, para assumir as funções de ministra da Saúde. Para o seu lugar salta Ana Silveira. Por Viseu, sai António Leitão Amaro, que já tomou posse como ministro da Presidência, e sobe a deputado Rui Ladeira. E, pelo círculo da Europa, José Manuel Fernandes cede as funções parlamentares a Carlos Gonçalves para liderar o Ministério da Agricultura e Mar.
Para o cálculo de substituições de deputados que subiram à mesa do Conselho de Ministros, não conta Manuel Castro Almeida, que irá tutelar o super-ministério da Economia e da Coesão Territorial. Foi cabeça de lista por Portalegre, mas a AD não conseguiu eleger um único parlamentar por aquele distrito, que distribuiu os dois mandatos a que tem direito por Chega e PS.
Quanto aos deputados que tomaram posse como secretários de Estado, 13 dos 43 governantes (30,2% do total) foram eleitos nas legislativas de 18 de maio, o que significa que outros 13 que constavam das listas da AD vão conseguir sentar-se numa cadeira do Parlamento, apesar de não terem sido escolhidos nas urnas pelos portugueses.
Pelo distrito de Aveiro, saem Emídio Sousa, para a secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, Silvério Regalado, para a Administração Local e Ordenamento do Território, e Salvador Malheiro, para as Pescas e Mar. Os três serão substituídos, respetivamente, por Carolina Marques, Pedro Magalhães e Firmino Ferreira, no Parlamento.
Clara Marques Mendes, primeira eleita por Braga, volta a assumir as funções de secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, e deixa o lugar de deputada para Sónia Fernandes. Por Coimbra, Pedro Machado abandona o Parlamento para a secretaria de Estado do Turismo, Comércio e Serviços e entrega a pasta parlamentar a Joana Seabra.
Pelo círculo de Lisboa, três deputados deixam o hemiciclo para o Governo. Alexandre Homem Cristo fica como secretário de Estado Adjunto e da Educação e o seu banco no Parlamento passa para Paulo Lopes Marcelo; João Valle Azevedo, promovido a secretário de Estado da Presidência, entrega as funções de deputado a Francisco José Martins; e Ana Isabel Xavier, que assume os Negócios Estrangeiros e a Cooperação, deixa o lugar no plenário para Andreia Bernardo. De salientar que, por este distrito, Telmo Correia, do CDS, não foi eleito mas vai para o Executivo, mantendo as funções de secretário de Estado da Administração Interna.
Alberto Santos, eleito pelo Porto, volta a ficar com a pasta da Cultura. Com a sua saída, sobe a deputado Alberto Fonseca. Pelo mesmo círculo, Álvaro Castello-Branco, do CDS, não chegou a garantir um lugar no Parlamento, mas foi empossado secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional.
João Moura, eleito por Santarém, abandona a bancada laranja para a secretaria de Estado da Agricultura e será substituído por Ricardo Carlos. Paulo Simões Ribeiro, deputado por Setúbal, sai do Parlamento para assumir as funções de secretário de Estado Adjunto da Administração Interna. Para o seu lugar na Assembleia da República vai Paulo Edson Cunha.
Por Viana do Castelo, o deputado João Manuel Esteves vai para a secretaria de Estado do Ambiente e entrega a pasta de deputado a José Lago Gonçalves. E Inês Domingos, eleita por Viseu, deixa o grupo parlamentar para voltar a desempenhar a tarefa de secretária de Estado dos Assuntos Europeus. Isabel Fernandes, que não tinha conseguido ser eleita, fica com a cadeira no Parlamento.
Os círculos onde há mais substituições são também aqueles que têm mais mandatos, a começar por Lisboa. Dos 15 deputados que a AD conseguiu eleger pelo distrito da capital, cinco saíram para o Governo: Joaquim Miranda Sarmento, Miguel Pinto Luz, Alexandre Homem Cristo, João Valle Azevedo e Ana Isabel Xavier. Pelo Porto, a coligação, liderada por Luís Montenegro obteve 15 mandatos, dos quais quatro tiveram de assumir funções executivas: Paulo Rangel, Nuno Melo, Carlos Abreu Amorim e Alberto Santos. Por Aveiro, dos sete eleitos, quatro integraram o elenco governativo: Luís Montenegro, Emídio Sousa, Silvério Regalado e Salvador Malheiro.
Primeiro-ministro e 12 ministros substituídos no Parlamento
Saídas
- Luís Montenegro, primeiro-ministro
- Paulo Rangel, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
- Joaquim Miranda Sarmento, ministro do Estado e das Finanças
- António Leitão Amaro, ministro da Presidência
- Carlos Abreu Amorim, ministro dos Assuntos Parlamentares
- Nuno Melo, ministro da Defesa Nacional
- Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e Habitação
- Rita Alarcão Júdice, ministra da Justiça
- Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação
- Ana Paula Martins, ministra da Saúde
- Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia
- Margarida Balseiro Lopes, ministra da Cultura, Juventude e Desporto
- José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Mar
Entradas
- Paulo Cavaleiro, Aveiro
- Gonçalo Capitão, Porto
- Gonçalo Lage, Lisboa
- Rui Ladeira, Viseu
- Ana Isabel Ferreira, Porto
- João Almeida, Porto
- Eva Pinho, Lisboa
- Martim Syder, Coimbra
- Inês Barroso, Santarém
- Ana Silveira, Vila Real
- Miguel Santos, Faro
- Célia Freire, Leiria
- Carlos Gonçalves, Europa
Secretários de Estado cedem o lugar a 13 não eleitos que sobem a deputados
Saídas
- Inês Domingos, secretária de Estado dos Assuntos Europeus
- Ana Isabel Xavier, secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação
- Emídio Sousa, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
- João Valle Azevedo, secretário de Estado da Presidência
- Silvério Regalado, secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território
- Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços
- Paulo Simões Ribeiro, secretário de Estado Adjunto da Administração Interna
- Alexandre Homem Cristo, secretário de Estado Adjunto e da Educação
- Clara Marques Mendes, secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão
- João Manuel Esteves, secretário de Estado do Ambiente
- Alberto Santos, secretário de Estado da Cultura
- Salvador Malheiro, secretário de Estado das Pescas e do Mar
- João Moura, secretário de Estado da Agricultura
Entradas
- Isabel Fernandes, Viseu
- Andreia Bernardo, Lisboa
- Carolina Marques, Aveiro
- Francisco José Martins, Lisboa
- Pedro Magalhães, Aveiro
- Joana Seabra, Coimbra
- Paulo Edson Cunha, Setúbal
- Paulo Lopes Marcelo, Lisboa
- Sónia Fernandes, Braga
- José Lago Gonçalves, Viana do Castelo
- Alberto Fonseca, Porto
- Firmino Ferreira, Aveiro
- Ricardo Carlos, Santarém
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