Na galeria do progresso nacional, Cavaco e Costa estão apenas divididos pelo tempo do retrato, já que o tema é o mesmo de todas as gerações de políticos nos últimos três séculos.
Vamos subestimar Cavaco ou vamos sobrestimar Costa? Cavaco é Cavaco, o inventor das maiorias absolutas, o protagonista do “novo otimismo português”, o Presidente da República que se zangou com os portugueses porque estes falharam a fantasia das grandes reformas estruturais, mais a megalomania do desenvolvimento económico, mais o “sucesso de um Portugal na moda”. Mas não será o fracasso nacional também o retrato político do fracasso de um primeiro-ministro no alto de duas maiorias absolutas? Claro que sim.
A divisão entre o político puro e providencial e o país atrasado e pobre que resiste à mudança é uma fábula da floresta política onde todos os políticos megalómanos se refugiam depois de serem emboscados pela realidade.Cavaco não foge à regra e foge para a frente no labirinto de um
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