DGS alarga critérios para vacinação preventiva contra o Mpox
Segundo a nova versão da norma da DGS, consideram-se de risco acrescido, homens que têm sexo com outros homens “com potencial exposição continuada ou intermitente a casos de infeção humana por mpox”.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alargou esta terça-feira os critérios para a vacinação preventiva contra o vírus mpox, anteriormente designado ‘monkeypox’, atualizando a norma sobre a vacinação de julho deste ano.
Segundo norma atualizada, publicada na página oficial da DGS, são alterados os critérios de elegibilidade para vacinação pré-exposição e a identificação de elegíveis.
Até agora, homens que têm sexo com homens, mulheres e pessoas trans, em profilaxia pré-exposição para o VIH e profissionais de saúde com elevado risco de exposição ao vírus mpox eram alguns dos grupos abrangidos para a vacinação preventiva.
Agora, segundo a nova versão da norma da DGS, consideram-se de risco acrescido, além dos referidos profissionais de saúde, homens que têm sexo com outros homens “com potencial exposição continuada ou intermitente a casos de infeção humana por mpox”. Deixa assim de fazer parte do critério estar “em profilaxia pré-exposição para o VIH”.
A redação da norma indica que os critérios de elegibilidade para vacinação pré-exposição abrangem “profissionais de saúde com contacto direto e continuado com pessoas com infeção humana por VMPX (vírus mpox) ou profissionais envolvidos na colheita e processamento de produtos biológicos de casos de infeção humana por VMPX”.
E acrescenta a nova redação da norma: “Consideram-se com risco acrescido, as pessoas que apresentem, pelo menos, um dos seguintes critérios: Homens que têm sexo com homens (HSH) com potencial exposição continuada ou intermitente a casos de infeção humana por VMPX”, e outras pessoas consideradas com maior risco de infeção pelo médico.
A DGS explica que a “exposição continuada ou intermitente” se refere a pessoas que mantêm práticas sexuais com múltiplos parceiros (as).
Em setembro a norma já tinha sido atualizada. Na altura a secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, explicou que a vacinação preventiva arrancava com a publicação da norma, mas ressalvou que o processo exige uma logística, nomeadamente ao nível da prescrição da vacina.
E disse que a atualização de então implicava “duas grandes alterações”: alargar a vacinação pós-exposição para a vacinação preventiva e a alteração da via de administração da vacina e a dose administrada, tendo em conta o aumento da procura desta vacina globalmente.
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